Se fosse pelo mundo repartido
O amor, que nesta hora precisamos
Talvez tivesse a vida mais sentido
Na terra de ninguém, que nós pisámos
A semente do mal, do fingimento
Faz a terra florir sem amizade
Há quem ria sentindo sofrimento
Enquanto outros choram sem verdade
Há quem ponha nos gestos, afeição
Para falar de amor sem o sentir
A vida, é um palco d´ilusão
Aonde todos temos de mentir
Que bom seria, a gente ser capaz
De fugir ao destino que nos prende
Na hora em que vivemos, não há paz
Na terra de ninguém, ninguém se entende
Este espaço resulta de recolhas de apontamentos fadista que "apanho" na Internet, Aos seus autores os meus agradecimentos e a recomendação aos meus visitantes, que os localizem e visitem porque normalmente há nuito mais para ouvir.
quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Terra de ninguém
Terra de ninguém
João Alberto / Armando Machado *fado súplica*
SETEMBRO, MEU AMOR
Canta Patrícia Costa
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Patrícia Costa
Sede
Letra de Marta Rosa musica de Armando Machado fado súplica
Se não Chovesse tanto meu amor
letra de Manuela de Freitas / Armando Machado *fado suplica*
Letra retirada do blog Fados do Fado aquem agradeço
Se não chovesse tanto, meu amor
Se a noite não tivesse vindo assim
Se o céu não estivesse desta cor
E houvesse mernos gente ao pé de mim
Se eu pudesse saber o que não sei
Se eu pudesse dizer o que não digo
Se não sentisse falta do que dei
Se não quisesse agora estar contigo
Não fosse eu não saber se estás contente
Não fosse eu não saber onde é que moras
Não fosse a minha casa estar diferente
Se não fosse já serem estas horas
Eu te diria que é ilusão minha
Se esta noite parece não ter fim
É que estou muito feliz aqui sózinha
Não fosse tu não estares ao pé de mim
Canta Cristina Branco
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083-Se não Chovesse tanto meu amor,
Cristina Branco
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Marinheiro
Boneca de Porcelana
Letra: António Rocha / Casimiro Ramos
Boneca de porcelana
Chamei-te um dia, a brincar
Talvez por louco me tomem;
Qualquer pessoa se engana
Errei, por tal te chamar
Errar é próprio do homem
Como jóia de valia
Peça da mais rara arte / Ou coisa d'estimação
Coloquei-te nesse dia
Num lugar que tinha á parte / Dentro do meu coração
Afinal, és o contrário
E eu pobre cego não via / Que és objecto comum
Peça de barro ordinário
Não passas de fantasia / Coisa sem valor algum
Mesmo assim, fico pensando
Que apenas quero viver / P´ra este amor que te dou
Sei que continuo errando
Errar continua a ser / Próprio do homem que sou
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António Rocha
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
domingo, 25 de outubro de 2020
O Lenço
Despertar
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Tantos caminhos
Tiago Torres da Silva / José António Sabrosa
Existem tantos caminhos
Onde os homens vão sózinhos
Em busca de uma ilusão
Passo a passo, quem avança
Só vai andando na esperança
De enganar a solidão
Dá-se um passo e outro passo
Mas quando chega o cansaço / E a gente pensa em parar
Por castigo ou por má sina
Há uma força divina / Que nos obriga a andar
Existem tantas estradas
Onde se notam pégadas / Que o vento não apagou
São pégadas que se arrastam
Mas que no tempo se gastam / E ninguém por lá passou
Por isso sigo, seguindo
Há medida que vou indo / Sei que nesta caminhada
Não se chega a um lugar
Só nos resta caminhar / Porque só existe a estrada
Transcrito de : fados do fado a quem agradeço
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Firmino Rodrigues
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
Versos de amor
Fria claridade
Pedro Homem de Mello / José Marques do Amaral
Repertório de Amália
No meio da claridade
Daquele tão triste dia
Grande, grande era a cidade
E ninguém me conhecia
Então passaram por mim / Dois olhos lindos, depois
Julguei sonhar, vendo enfim / Dois olhos, como há só dois
Em todos os meus sentidos / Tive presságios de Deus
E aqueles olhos tão lindos / Afastaram-se dos meus
Acordei, a claridade / Fez-se maior e mais fria
Grande, grande era a cidade / E ninguém me conhecia!
Transcrito de: fados do fado
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035-Fria clariadade,
Amália Rodrigues
Saudade Tem Dó de Mim
Manuel Abrantes / Fado Marques do Amaral
Repertório de Manuel de Almeida
Tudo passa, tudo corre
Nesta vida d’ilusão
Tudo acaba, tudo morre
Só a saudade é que não
Ó saudade, vai-te embora / Deixa-me só um instante
Ainda que seja uma hora / P’ra alívio já é bastante
Não me faças sofrer mais / A sofrer tenho vivido
Podes ver pelos meus ais / Quanto já tenho sofrido
Tenho a vida quase gasta / Pela dôr que não tem fim
Para castigo já basta / Saudade tem dó de mim
Transcrito de: fados do fado
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035-Saudade Tem Dó de Mim,
Diana Vilarinho
Fria claridade
domingo, 18 de outubro de 2020
sábado, 17 de outubro de 2020
Procura-me esta noite
Procura-me esta noite, eu quero-te contar
O que passei sem ti desde que te deixei
Procura-me esta noite e sabe perdoar
Que eu esqueço o que sofri p’lo muito que te amei
Procura-me esta noite, à hora do costume
Que eu levo o coração repleto de ansiedade
Procura-me esta noite, os meus lábios são lume
E o fogo da paixão mata-me de saudade
Procura-me esta noite, a noite é dos amantes
E o mundo de nós dois é poema d’amor
Encontras nesta noite mil noites como dantes
Cheiinhas de alegria, de beijos e calor
Procura-me esta noite, se sabes que sou tua
Não deixes que o rancor no seu peito se acoite
Se a vida é tão pequena, não esperes amor meu
A zanga já passou, procura-me esta noite
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034-Procura-me esta noite,
Diogo Rocha
Eu nasci amanhã
Artur Ribeiro / Joaquim Campos *fado alexandrino*
Repertório de Beatriz da Conceição
Eu nasci amanhã, no meio desta gente
Toda nascida ontem, ou quando muito, agora
Eu nasci amanhã, num mundo irreverente
Por isso não entendo, a gente que cá mora
Eu nasci amanhã num mundo sem fronteiras
Onde cada poeta só canta o que lhe apraz
Eu nasci amanhã onde não há trincheiras
Onde não fazem guerras impondo a sua paz
Eu nasci amanhã, num mundo imaginado
Sem pobres a morar em zona demarcada
E neste mundo, hoje, triste e acomodado
Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada
Transcrito de fados do fado
Na rua do silêncio
António Sousa Freitas / Joaquim Campos *fado alexandrino*
Repertório de João
Braga
Na rua do silêncio é tudo mais ausente Até foge o luar, e até a vida é pranto Não há juras de amor, não há quem nos lamente E o sol quando lá vai é p’ra deitar quebranto Na rua do silêncio o fado é mais sombrio E as sombras duma flor não cabem lá também A rua tem destino, e o seu destino frio Não tem sentido algum, não passa lá ninguém Na rua do silêncio as portas estão fechadas E até o sonho cai, sem fé e sem ternura Na rua do silêncio há lágrimas cansadas Na rua do silêncio é sempre noite escuraTranscrito de: fados do fado
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
Praia perdida
Letra: Jorge Fernando
Música: Fontes Rocha
Intérprete: João Braga
.
Hoje presa a minha voz
Tive uma infância perdida
O mundo éramos nós
Nessa praia adormecida (bis)
Depois veio a mocidade
Depois veio o meio-dia
Foi-se o amor, foi-se a idade
Em que a areia nos unia (bis)
Mais tarde a vida gerou
Uma roda da má sina
E o mundo cego, cegou
Os teus olhos de menina (bis)
Sinto morrer o luar
É noite na minha vida
Só o murmúrio do mar
Lembra essa praia perdida (bis)
sábado, 10 de outubro de 2020
Asas
letra de Maria Luísa Baptista / Georgino de Sousa *fado georgino*
É no teu corpo qu'invento
Asas para o sofrimento
Que escorre do meu cansaço;
Só quem ama tem razão
P'ra entender a emoção
Que me dás no teu abraço
Eu quero lançar raízes
E viver dias felizes / Na outra margem da vida
Solta os cabelos ao vento
Muda em riso esse lamento / Apressemos a partida
Aceita o meu desafio
Embarca neste navio / Rumo ao sonho e ao futuro
Corta comigo as amarras
Que nos prendem como garras / A um passado tão duro
Esquece o tempo e a dôr
Pensa só no nosso amor / Vem e dá-me a tua mão
Sobe comigo a encosta
Porque quando a gente gosta / Ninguém cala o coração
É no teu corpo qu'invento
Asas para o sofrimento
Que escorre do meu cansaço;
Só quem ama tem razão
P'ra entender a emoção
Que me dás no teu abraço
Eu quero lançar raízes
E viver dias felizes / Na outra margem da vida
Solta os cabelos ao vento
Muda em riso esse lamento / Apressemos a partida
Aceita o meu desafio
Embarca neste navio / Rumo ao sonho e ao futuro
Corta comigo as amarras
Que nos prendem como garras / A um passado tão duro
Esquece o tempo e a dôr
Pensa só no nosso amor / Vem e dá-me a tua mão
Sobe comigo a encosta
Porque quando a gente gosta / Ninguém cala o coração
Transcrito por: fados do fado
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sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Fado Franklim 6ª
Terra Irada
Fernando Maurício
Musica: *fado Rio Maior
Letra: Paco Gonzalez
Sou filho da terra irada
Nasci no berço do espaço
Fui escravo do deus dinheiro;
Fui tudo, não sendo nada
Em mistura de sargaços
Com oiro de pioneiro
Eu fui o bobo do rei
Comi debaixo da mesa / Migalhas de pão pisado
Sem direitos, reclamei / Direitos prá natureza
De quem nasceu malfadado
Fiz tudo para esquecer
Alimentei-me de dôr / No vinho de desespero
E a revolta fez nascer
No meu peito sofredor / Um hino de posso e quero
Não é balada o meu fado
Nem tenho medo de erguer / Sua bandeira encanada
Fui menino, sou soldado
E ninguém pode vencer / Um filho da terra irada
Entre nós e o nosso amor
José Fernandes Castro /Franflin Sextilhas
Entre nós e o nosso amor
Bailam os sonhos felizes
Duma vida acontecida;
Tudo tem outro sabor
Quando baixinho me dizes
Que sou toda a tua vida
Tu dizes querer-me tanto
Que chegas a confundir-me / Com um poema maior
Fico feliz e portanto
Prometo reconduzir-me / Na estrada do amor
Dou-te versos musicados
Dou-te uma rosa em botão / Com aromas de prazer
E também te dou os fados / Que trago no coração
P'ra te fazer renasce
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027-Entre nós e o nosso amor,
Alda Branca
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Fado Franklim 4ªs
Muito embora o querer bem
Artur Ribeiro / Franklin Quadras
Canta Augusto Robalo
Muito embora o querer bem
Não seja um invento meu
Não permito que ninguém
Te queira mais do que eu
Meu coração vagabundo/ Irá, seja como for
Rua em rua, mundo em mundo / Atrás de ti, meu amor
Estes meus braços caídos/ Fugindo a todos os laços
Só vibram quando pedaços / Dos nossos corpos unidos
A minha boca e a tua / Mal deixam de estar unidas
Lembram meninas perdidas / Chorando de rua em rua
Odeio o mundo a inveja / As convenções o temor
Odeio tudo o que esteja / Entre nós dois, meu amor
Transcrito por: fados do fado
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026-Muito embora o querer bem,
Augusto Robalo
Vi partir o meu amor
Letra: João Ferreira Rosa
Música: Franklim Godinho
Intérprete: João Braga
Vi partir o meu amor
Para o outro lado do rio (bis)
Mas digo seja a quem for
Que o meu amor não partiu (bis)
Manhã cedo foi-se embora
Disse-me adeus sem me olhar (bis)
Penso nela a toda a hora
Pois já sei que há-de voltar (bis)
Os fados que lhe cantava
Eram bem nossos somente (bis)
E o tempo para nós par
Hoje canto para toda a gente (bis)
E tudo o que existe em mim
Nada a consegue esquecer (bis)
Nem esta dor sem ter fim
Nem meu olhar sem a ver (bis)
Os lugares por onde andámos
Os lugares por onde andamos
João Ferreira Rosa / Franklim Godinho
Cantado por Pedro Moutinho
Os lugares por onde andamos
Não os esqueço, meu amor
Nem tudo quanto falamos
Quer seja alegria ou dôr
O tempo dantes corria / Que parecia não ter fim
Agora não passa um dia / Sem passar um ano em mim
Teus olhos são o meu norte / Teus passos o meu caminho
O teu riso a minha sorte / Tuas mãos o meu carinho
Se me dissessem um dia / Que a cantar te fiz chorar
Eu juro que não sabia / Que entendias meu cantar
Transcrito por: fados do fado
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026-Os lugares por onde andámos,
Pedro Moutinho
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Fado Esmeraldinha
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
"O espelho"
O Espelho
Letra: Artur Soares Pereira
Música: Alfredo Marceneiro
(Fado Cuf)
Num caixote, um espelho já quebrado
Com um montão de lixo se encontrou
E, um tanto confundido e perturbado,
A sua triste história assim contou:
«Eu vivia na montra de um bazar
Aonde vi entrar, em certo dia,
Um jovem que me comprou p’ra me dar
À noiva, porque ela anos fazia.
Durante muitos anos, hora a hora,
Em mim essa senhora se mirou
E, por se ver tão bela e sedutora,
Dizia-me: “– Que achas? Que tal estou?”
Até que certo dia lhe mostrei
As rugas e o cabelo cor de neve.
Grande desilusão então lhe dei
E ela atirou-me ao chão, não se conteve.
Eis como vim a ser teu companheiro,
Enfim, tudo acabou, tudo morreu…
Quem na vida é sincero e verdadeiro
Tem, quase sempre, um fim igual ao meu.
Atalhos proibidos
Atalhos proibidos
Letra: Artur Ribeiro
Há fado na minh’alma por ti louca
Neste anseio de choro que me invade
E que deixa ficar na minha boca
O travo tão amargo da saudade
Há fado nesta lágrima sentida
Que brinca no meu riso amargurado
E vai caír teimosa e dolorida
Sobre as notas vadias do meu fado
Há fado se não dormes no meu peito
No tanger das guitarras em quebranto
Há fado no meu canto contrafeito
Pois não vejo aqui, enquanto canto
Há fado nos meus passos descabidos
No meu bater à porta sempre errada
Quem anda por atalhos proibidos
Pode chegar ao fim e não ter nada
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023-Atalhos proibidos,
Manuel Cardoso de Menezes
domingo, 4 de outubro de 2020
Fui de viela em viela
Guilherme Pereira da Rosa / Alfredo Duarte *fado cravo*
Fui de viela em viela Numa delas dei com ela E quedei-me enfeitiçado Sob a luz dum candeeiro Estava ali o fado inteiro Pois toda ela era fado Arvorei um ar gingão Um certo ar fadistão / Que qualquer homem assume Pois confesso que aguardei Quando por ela passei / Ao convite do costume Em vez disso, no entanto No seu rosto só vi pranto / Só vi desgosto e descrença Fui-me embora amargurado Era fado, mas o fado / Não é sempre o que se pensa Ainda recordo agora A visão, que ao ir-me embora / Guardei da mulher perdida A pena que me desgarra Só me lembra uma guitarra / A chorar penas da vida
Repertório de Alfredo Marceneiro
Fui de viela em viela Numa delas dei com ela E quedei-me enfeitiçado Sob a luz dum candeeiro Estava ali o fado inteiro Pois toda ela era fado Arvorei um ar gingão Um certo ar fadistão / Que qualquer homem assume Pois confesso que aguardei Quando por ela passei / Ao convite do costume Em vez disso, no entanto No seu rosto só vi pranto / Só vi desgosto e descrença Fui-me embora amargurado Era fado, mas o fado / Não é sempre o que se pensa Ainda recordo agora A visão, que ao ir-me embora / Guardei da mulher perdida A pena que me desgarra Só me lembra uma guitarra / A chorar penas da vida
Transcrito por: fados do fado
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022-Fui de viela em viela,
Alfredo Marceneiro
sábado, 3 de outubro de 2020
Senhora do Monte
Gabriel de Oliveira / Alfredo Duarte Marceneiro
Naquela casa de esquina
Mora a Senhora do Monte
E a providência divina
Mora ali, quase defronte
Por fazer bem à desgraça / Deu-lhe a desgraça também
Aquela divina graça / que Nossa Senhora tem
Senhora tão benfazeja / Que a própria Virgem Maria
Não sei se está na igreja / Se naquela moradia
Co'a mágoa que desconsola / A pobreza se conforta
Na certeza duma esmola / Quando bate àquela porta
E o luar da lua cheia / Ao bater-lhe na janela
Reforça a luz da candeia / No alpendre da capela
Vai lá muita pecadora / Que de arrependida, chora
Mas não é Nossa Senhora / Que naquela casa mora
Transcrito por: fados do fado
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017-Senhora do Monte,
José Manuel Rato
Maria Valejo - Rezando Pedi Por Ti
Letra de Natália dos Anjos / Raúl Ferrão *fado carriche*
Repertório de Maria Valejo
Rezas que outrora aprendi
Troquei-as por beijos teus
Quem for beijada por ti
Até se esquece de Deus
Julgas que não sei rezar / E pedir a Deus por ti
Pois 'inda te hei-de ensinar / Rezas que outrora aprendi
E a Deus peço mil perdões / Erguendo os braços aos céus
Porque as minha orações / Troquei-as por beijos teus
O meu pecado é amar-te / Porque ao beijar-te, senti
Que nunca pode deixar-te / Quem for beijada por ti
E Deus vai-me perdoar / Os grandes pecados meus
Pois quem peca por amar / Até se esquece de Deus
Transcrito por: fados do fado
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017-Rezando pedi por ti,
Maria Valejo
sexta-feira, 2 de outubro de 2020
Aldina Duarte | muro vazio
Letra de Aldina Duarte
A folhagem rente ao muro
No silêncio quase escuro
Cresceu pouco e devagar
Dia a dia fui esperando
Sem saber bem até quando
Pelas flores que quis plantar
Dia a dia fui esperando
Sem saber bem até quando
Pelas flores que quis plantar
Mesmo em frente à tua casa
Esse muro quase branco
De verde o queria cobrir
As flores viriam depois
Discretas para nós dois
Só para te ver a sorrir
As flores viriam depois
Discretas para nós dois
Só para te ver a sorrir
Sem as flores te vi partir
Nesse instante quis fugir
P'ra além do muro vazio
Hoje o verde acorda os dias
Adormece as noites frias
Mas as flores ninguém as viu
Hoje o verde acorda os dias
Adormece as noites frias
Mas as flores ninguém as viu
Sonhos Meus
Sonhos meus
Teresinha Landeiro / Carlos da Maia *6as*
Saudosos são os meus sonhos
Lembro os tristes e os risonhos
Já não sonho cor do mar
Num enleio de tormentos
Um navio de desalentos
Naufragou no meu cantar
Vi teu jeito de partida
E no mar li tua ida
Meu sorriso então esqueci
A névoa desvaneceu
O meu sonho entristeceu
Saudades de te ver senti
Se sonhar já não tem cor
Vou pedir-te, meu amor
Que voltes na calmaria
Quando o barco atracar
E o tormento se afundar
Sonharei até ser dia
Louco de saudade
Carlos Gaspar / Carlos da Maia
Vieram dizer-me há pouco
Que andava um fadista louco
P’las ruas da Mouraria
Quis confirmar a verdade
E parti para a saudade
Daquilo que conhecia
Quando cheguei à viela
Encostado a uma janela / Com sardinheiras sem brilho
Estava o tal fadista louco
De que falaram há pouco / A trautear um estribilho
Senti pena, senti dó
Daquele homem tão só / Que alguém por louco tomou
Escutei da sua boca
Com sons de garganta rouca / Coisas que o tempo levou
Naquele tom tão magoado
Ouvi a história do fado / E entendi toda a verdade
Aquele homem era o fado
Que triste e abandonado / Enlouqueceu de saudade
Boa noite Solidão
poena de jorga fernando Carlos da Maia -setilhas
Boa-noite solidão,
Vi entrar pela janela,
O teu corpo de negrura,
Quero dar-me à tua mão,
Como a chama duma vela,
Dá a mão à noite escura.
Só tu sabes, solidão,A angústia que traz a dor,
Quando o amor a gente nega,
Como quem perde a razão,
Afogamos nosso amor,
No orgulho que nos cega.
Os teus dedos, solidão,
Despenteiam a saudade,
Que ficou no lugar dela,
Espalhas saudades p'lo chão,
E contra a minha vontade,
Lembras-me a vida com ela.
Com o coração na mão,
Vou pedir-te, sem fingir,
Que não me fales mais dela,
Boa-noite solidão,
Agora quero dormir,
Porque vou sonhar com ela.
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016-Boa noite solidão,
Fernando Maurício
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Mapa do Coração'
letra de Nuno Miguel Guedes e música de José Blanc (Fado Blanc)).
Canta Ana Moura
________________________________________
Não há vocábulo maior
Nem força do Universo
P'ra traduzir esse verso
Que confunde amor e dor
Albergue de quem é triste
Fortuna do condenado
Que vê no espelho do fado
A alma que em si existe
Queria poder dizer
O que essa voz me diz
Estrela de um dia feliz
Ou de um doce entristecer
Fica-me a louca ambição
O desejo mais ousado
De poder cantar num fado
O mapa do coração
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
"O louco
Quiseste que eu fosse louco
P’ra que te amasse melhor
Mas amaste-me tão pouco
Que eu fiquei louco d’amor
Assim arrasto a loucura / Perguntando a toda a gente
Se do amor, a tontura / Um louco também a sente
E se quiseres amar / Esta loucura, mulher
Dá-me apenas um olhar / Que me faça endoidecer
Dá-me um olhar mesmo triste / Pois só nesta condição
Dou-te a loucura que existe / Dentro do meu coração
O lenço que me ofertaste / Tinha um coração no meio
Quando ao nosso amor faltaste / Eu fui-me ao lenço e rasguei-o
Letra retirada do magnifico blog Fados do fado a quem agradeço
Fado Balada
música de Alfredo D. Marceneiro interpretada pelo proprio com esta letra de Silva Tavares
Conta uma linda balada
Que um rei dum reino sem par
Vendo morta a sua amada
Quis o seu seio moldar
E pelo molde modelada
Depois de gasto um tesoiro
Nasceu a graça encantada
De uma taça toda d'oiro
E quando por ela bebia
Morto por se embriagar
Saudoso triste sorria
Com vontade de chorar
Certa noute imaculada
À luz dum luar divino
Deixou a corte pasmada
E fez-se ao mar sem destino
No mar ansiando a graça
De com a morta se juntar
Bebeu veneno p'la taça
E atirou a taça ao mar
Ao seu seio não há nada
Que se possa igualar
Nem a taça da balada
Que jaz no fundo do mar
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Fado da Alegria
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012.Fado da alegria,
Mercês da Cunha Rêgo
Estranha forma de vida
Fado Bailado
Estranha forma de vida
Letra: Amália Rodrigues
Música: Alfredo Marceneiro
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração
vive de forma perdida
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais
pára, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
Etiquetas:
012-Estranha forma de vida,
Amália Rodrigues
Alfredo Marceneiro - Fado Bailado
Bailado das folhas II - Eterno bailado
Henrique Rego / Alfredo Duarte *fado bailado*
Repertório de Alfredo Marceneiro
Letra retirado do blog Fados do Fado a quem agradeço
À mercê dum vento brando
Bailam rosas nos vergeis;
E as Marias vão bailando
Enquanto vários Manéis
Nos harmónios vão tocando
A folhagem ressequida / Baila envolvida em poeira
E com a razão perdida / Há quem leve a vida inteira
A bailar com a própria vida
Baila o nome de Jesus / Em milhões de lábios crentes
Em bailado que seduz / As falenas inocentes
Bailam á roda da luz
Tudo baila, tudo dança / Nosso destino é bailar
E até mesmo a doçe esperança / Dum lindo amor se alcançar
De bailar nunca se cansa
Letra retirado do blog Fados do Fado a quem agradeço
Etiquetas:
012-Eterno bailado,
Alfredo Marceneiro
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Fado Bacalhau.instrumental
Amor de mães
Fado Bacalhau
Amor de Mãe
Letra: Alfredo Marceneiro
Música: José Bacalhau
Intérprete: Alfredo Marceneiro
..
Há vários amores na vida
Lindos como o amor perfeito
Belos como a Vénus querida
De tantos que a vida tem
Só um adoro e respeito
É o santo Amor de mãe (bis)
Da mulher desventurada
Nesta vida ninguém fuja
Se ela acaso um filho tem
Deixá-la ser desgraçada
Porque a desgraça não suja
O santo afeto de mãe (bis)
Minha mãe amor em prece
Eu sinto tão bem viver
Esse amor que ainda me invade
Que se mil anos vivesse
Não deixaria morrer
Por ti a minha saudade (bis)
Se para ser homem Jesus
Precisou que uma mulher
O desse á luz deste mundo
O amor de mãe é a luz
Que torna o nosso viver
Num hino de amor profundo (bis)
Grata ofensa
Maria Amélia Proença canta Grata ofensa
Letra de Jorge Morais Rosa / musica do José Bacalhau (Fado Bacalhau)
Depois que este amor ruiu,
De tudo o que mais me feriu,
E o meu maior desgosto...,
Foi tu passares a meu lado,
E num gesto disfarçado,
Por me veres, voltares o rosto! (bis)
Ofensas, tive-as aos centos,
Somei desgostos, tormentos,
Que o teu amor me ofereceu...!
E se alguém tinha motivo,
p´ra fazer um olhar esquivo
de nós dois, seria eu.
Se alguém, tinha motivo
P´ra fazer um olhar esquivo
De nós dois, seria eu! (bis)
Mas fico-te agradecida,
Tanto ou mais do que ofendida,
P´lo teu gesto de indiferença...!
Pois, assim sei que mal viste
Chorar, o meu olhar triste,
Ali, na tua presença! (bis)
Etiquetas:
011-Grata ofensa,
Maria Amélia Proença
domingo, 27 de setembro de 2020
Fado Amora instrumental
Fado Amora
Fado da 3ª geração, em modo menor, tendo na sua textura, muito elaborada, a chamada escala espanhola. É normalmente cantado com versos de sete sílabas ( redondilha maior ).
Numa das versões conhecidas, assumiu este nome por ter sido composto depois de uma sessão de Fado realizada na vila da Amora ( hoje cidade ), concelho do Seixal, localidade à qual o seu autor se deslocava com frequência ( aliás, são conhecidas algumas histórias da sua assídua presença na Margem Sul do Tejo ). Numa outra versão, consta que a primeira letra nele cantada, refere a história trágica de uma jovem que terá ingerido uma grande quantidade de amoras e que teve um fim trágico!
Foi composto pelo grande fadista, por muitos considerado o melhor de sempre, Joaquim Campos, de seu nome completo, Joaquim Campos da Silva!
Retirado de Fados tradicionais
Esta noite não
Esta noite não
Jorge Fernando / Joaquim Campos *fado amora*
Amanhã quando acordar
Poderei ser coisa pouca
Ou talvez, traço de boca
Ainda por desenhar
Ser algo entre os escolhos / Que se procura salvar
Ou então ser dos teus olhos / Um jeito triste de olhar
Poderei ser folha morta / Sem nunca tombar ao chão
Ou trinco velho de porta / Que só abre à tua mão
Poderei ser a razão / Dum poema feito a esmo
Porém esta noite não / Porque ainda sou o mesmo
Transcrito de fados do fado
Os teus Olhos
Mote de António Botto / Fado amora
Meus olhos que por alguém
Cantado por Teresa Silva Carvalho
Meus olhos que por alguém
Deram lágrimas sem fim
Já não choram por ninguém
Basta que chorem por mim
Gosto muito dos teus olhos
Ainda mais gosto dos meus
Se não fossem os meus olhos
Não podia ver os teus
E se o perdesse a luz
Por ordem do próprio Deus
Ia pedir a Jesus
Só a luz dos olhos teus
Arrependidos e olhando
A vida como ela é
Meus olhos vão conquistando
Mais fadiga e menos fé
Choram cheios d’amagura
Mas se as coisas são assim
Chorar alguém, que loucura
Basta que chorem por mim
letra retirada do blog Fados do fado a quem agradeço
Cantado por Teresa Silva Carvalho
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007-Os teus olhos,
Teresa Silva Carvalho
sábado, 26 de setembro de 2020
Fado Alvito instrumntal
Fado da 3ª geração, em modo maior, e na opinião de muitos especialistas, um dos mais bonitos fados que se conhecem, foi composto pelo grande músico do Fado, Jaime Tiago dos Santos .
A origem deste fado, e do seu nome, consta de uma história contada pelo saudoso fadista José de Sousa, que reza assim:
- Certa tarde, em Alcântara, popular bairro de Lisboa, Jaime Santos, durante um convívio com uns amigos do meio fadista, terá desabafado, que nessa noite iria tocar numa verbena no Bairro do Alvito, logo ali ao lado, e dizia repetidamente “...aquilo vai ser uma chatice...”!
No entanto, quando lá chegou, de imediato mudou de opinião, uma vez que os organizadores, avisados dos receios do guitarrista, proporcionaram-lhe uma extraordinária noite de Fado, tratando-o principescamente!
Em resposta, Jaime Santos, após ter reconhecido a avaliação errada que fizera, compôs esta melodia, que dedicou ao Bairro do Alvito e às sua gentes! Talvez por isso, alguns especialistas, também lhe chamem “Fado do Alvito”.
Retirado do clog Fados Tradicionais
A Sombra dos teus desejos
A sombra dos teus desejos
Maria Manuel Cid / Jaime Santos *fado alvito*
Ai que bom que bom seria
Ter morrido nesse dia
E não ter de recordar
Vieste dizer-me adeus
Sem pores teus olhos nos meus
Partiste para não voltar
Vive o meu corpo sozinho
Dobrado sobre o caminho / Onde o meu sonho morreu
Dei-te o amor mais profundo
Tudo o que tinha no mundo / Fiquei mais perto do céu
Meus olhos choraram tanto
Ficaram secos de pranto / Tristes, pesados e baços
Sinto o sabor dos teus beijos
A sombra dos teus desejos / Mais o calor dos teus braços
Tu levaste a minha vida
Que ficaria perdida / Se a tens deixado comigo
Porque a matéria não pensa
Que importa a tua presença / Minha alma vive contigo
Letra retirada do megnifico blog Fadoos doo Fado a quem agradeço
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006-Sombra dos teus desejos,
Carmo Moniz Pereira
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Fado alfacinha
Fado Alfacinha
Letra: António Feijó Teixeira Música: Jaime Tiago dos Santos
Faz da noite confidente,
A noite é sempre calada, (bis)
Escuta o que diz a gente,
E nunca repete nada! (bis)
Teus olhos são passarinhos,
Que ainda não podem voar, (bis)
Cuidado, que andam aos ninhos,
Os rapazes do lugar! (bis)
Teus olhos, quem é que, ao vê-los
Tão doces na tua face, (bis)
Não lhe apetece comê-los,
Como dois olhos d´ alface! (bis)
O Fado tem tal encanto, (bis)
É diverso em cada hora,
Suspira guitarra, chora, (bis)
Cada hora tem seu pranto
Fado Alfacinha
Fado da 3ª geração, misto quanto ao modo ( menor / maior ), e bem alegre!
Desconhece-se a origem do nome deste fado; contudo, consta que terá adquirido o nome dos versos compostos por António Feijó Teixeira, com o mesmo nome
Retirado de Fados Tradicionais
Quadras
Fado Alfacinha de Jaime Santos
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Contemplo o Que Não Vejo
Fado Alexandrino do Armandinho
Contemplo o Que Não Vejo
Letra: Fernando Pessoa
Música: Armando Freire (Armandinho)
Intérprete: Maria do Rosário Bettencourt
https://fadotradicional.wixsite.com/f...
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Fado Alberto instrumental
Julguei endoidecer
letra de Tristão da Silva
Não te menti
Não te menti
Letra: Moita Girão
Música: Miguel Ramos
(Fado Alberto)
Alguém te foi dizer que adoro o fado
Pensei que não te dessem novidade
Pois quando aprofundaste o meu passado
Com franqueza te expus toda a verdade
Recordas certamente de eu dizer
É fado esta tristeza que me mói
É fado o meu cantar o meu sofrer
E é fado esta saudade que dói
É fado o meu beijar o meu carinho
É fado o meu sorriso, o meu perdão
E até este passar no teu caminho
É fado, podes crer, meu coração
Eu dava-te razão se te mentisse
Pedia-te perdão logo em seguida
Mas já cantava o fado quando disse
Que és tu o grande amor da minha vida
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Xaile encarnado
João Monge / Armandinho *fado da adiça*
Canta Bia Frazão
Eu tenho um xaile encarnado É uma lembrança tua Tem um segredo bordado Que ás vezes eu trago á rua Tem as marcas de uma vida / Que a vida marca no rosto Mas ganha uma nova vida / Nas noites que o trago posto Já foi lençol e bandeira / Vela de barco, também Tem marcas da vida inteira / Mas dizem que me cai bem Se pensas que me perdi / Nalgum destino traçado Pra veres que não esqueci / Eu ponho o xaile encarnado
Agradeço a Fados do fado pela letra
Canta Bia Frazão
Eu tenho um xaile encarnado É uma lembrança tua Tem um segredo bordado Que ás vezes eu trago á rua Tem as marcas de uma vida / Que a vida marca no rosto Mas ganha uma nova vida / Nas noites que o trago posto Já foi lençol e bandeira / Vela de barco, também Tem marcas da vida inteira / Mas dizem que me cai bem Se pensas que me perdi / Nalgum destino traçado Pra veres que não esqueci / Eu ponho o xaile encarnado
Agradeço a Fados do fado pela letra
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Meu amor não vale a pena
Meu amor, não vale a pena
Nelo / Acácio Gomes *fado acácio*
Meu amor, não vale a pena
Teres dó do meu coração
E sentires falsa ternura;
Quando a sorte nos condena
Ao amor na solidão
Atraiçoá-lo é loucura
Solidão é toda a gente
É cada olhar, cada rosto / Que mora onde a gente mora
Viver a vida de frente
Achar prazer no desgosto / Chorar ao pé de quem chora
É cada pobre que pede
É guitarra abandonada / Á espera de melodias
É cada boca com sede
É tempo dentro do nada / Que preenche os nossos dias
Não te ter e sempre ter-te
Julgar que ainda te tenho / Sabendo que te perdi
É ganhar-te no perder-te
Ter perdido o que não tenho / Ter-te sem esperar por ti
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001-Meu amor não vale a pena,
Paulo Cangalhas
Poema do nosso amor
Poema de Hortense Viegas César
Música de Acácio Gomes
Beatriz da Conceição - Liberta-me amor
Liberta-me, amor
Maria João Dâmaso / Armandinho *alexandrino do estoril*
Repertório de Beatriz da Conceição
Encontrei-me perdida no céu da noite escura
Aonde te inventei nas estrelas que não vi
A noite adormecida entornava ternura
No meu corpo sem lei, em meus braços sem ti
Enlaçou-me num afago, a sua imensidão
De silêncio maior que a nudez dos mortais
Como este que em mim trago, feito de solidão
Onde sobeja a dôr por não te saber mais
Gritei então o teu nome rompendo com o meu grito
O vácuo espelhado nas águas em quietude
O som desenterrou-me o meu amor aflito
Há muito sufocado cantou em voz mais rude
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001-Liberta-me amor,
Beatriz da Conceição
Fado Estoril
Fado Estoril
Letra: D. R.
Música: Armando Freire (Armandinho)
Intérprete: Madalena de Melo
Cheio de pasmo e dor, vergado ao desalento,
Tu disseste-me adeus, naquele dia triste...! (bis)
E após a despedida, infausta de tormento,
Eu chorando fiquei e chorando partiste! (bis)
O pranto, meu amor, desfaz-se entre nós dois,
Em gotas de cristal, fazendo-nos sofrer...! (bis)
Fizeram rebrilhar meus olhos, mais que sóis,
Quando no tempo, ao fim, nos tornámos a ver! (bis)
Sendo triste, um adeus, a quem queremos bem,
Obriga-me a dizer, após os prantos meus...! (bis)
Que és tu muito feliz, quem diz adeus a alguém,
E é triste, quem não tem, a quem dizer adeus! (bis)
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043-Fado Estoril,
Madalena de Melo
Quando Me Sinto Só
- Fernando Maurício com o fado "Quando Me Sinto Só " (Artur Ribeiro/Alfredo Marceneiro) ao vivo no grupo desportivo da Mouraria Quando me sinto só, como tu me deixaste Mais só que um vagabundo num banco de jardim É quando tenho dó de mim e por contraste Eu tenho ódio ao mundo, que nos separa assim Quando me sinto só sabe-me a boca a fado Lamento de quem chora a sua triste mágoa Rastejando no pó, o meu coração cansado Lembra uma velha nora morrendo à sede d'água P'ra que não façam pouco, procuro não gritar A quem pergunta minto, não quero meter dó Num egoísmo louco eu chego a desejar Que sintas o que sinto quando me sinto só agradecimento a fados do fado
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
Beatriz da Conceição - Por Saudade ou Por Memória
Por saudade ou por memória
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
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*Por saudade ou por memória,
Beatriz da Conceição
Por saudade ou por memóriaCarminho-
Por saudade ou por memória
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
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*Por saudade ou por memória,
Carminho
Por Saudade ou por memória
Por saudade ou por memória
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
Manuela de Freitas / Frederico de Brito *fado dos sonhos
Disse-te adeus, não me lembro
Em que dia de Setembro
Só sei que era madrugada;
A rua estava deserta
Até a lua adiscreta
Fingiu que não deu por nada
Sorrimos á despedida
Como quem sabe que a vida / É nome que a morte tem
Nunca mais nos encontramos
E nunca mais perguntamos / Um p’lo outro, a nionguém
Que saudade ou que memória
Contará toda a história / Do que não fomos capazes
Por saudade ou por memória
Eu só sei contar a história / Da falta que tu fazes
agradeço a Fados do fado
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*Por saudade ou por memória,
Sérgio da Silva
sábado, 25 de julho de 2020
Chegou Tão Tarde
As palavras são de Joana Espadinha, autora e compositora da canção
Meu amor chegou tão tarde
E o meu canto adormeceu
Não deram sinal os cardos
E a madeira não rangeu
Mas que casa tão bonita
Foi vestida de retratos
Mas a história que foi escrita
Não se pode descoser
Meu amor chegou tão tarde
Com pezinhos de algodão
Tinha areia no cabelo
E outra luz no coração
Nossa história foi bonita
Vou guardá-la enquanto dormes
Que o amor nem acredita
Que o deitaste fora assim
Meu amor
Devo deixar-te partir
Se já não ardes por mim
Se o coração quis assim
Devo deixar-te seguir
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
Fui loucura fui coragem
Fui tristeza e fui esplendor
Tudo o que me fez amar-te
Vou guardar e sem rancor
Monto o forte na desdita
Como tantas vezes fiz
Que o amor nem acredita
Que não pode ser feliz
Meu amor
Devo deixar-te partir
Se já não ardes por mim
Se o coração quis assim
Devo deixar-te seguir
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
Meu amor chegou tão tarde
E o meu canto adormeceu
Não deram sinal os cardos
E a madeira não rangeu
Mas que casa tão bonita
Foi vestida de retratos
Mas a história que foi escrita
Não se pode descoser
Meu amor chegou tão tarde
Com pezinhos de algodão
Tinha areia no cabelo
E outra luz no coração
Nossa história foi bonita
Vou guardá-la enquanto dormes
Que o amor nem acredita
Que o deitaste fora assim
Meu amor
Devo deixar-te partir
Se já não ardes por mim
Se o coração quis assim
Devo deixar-te seguir
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
Fui loucura fui coragem
Fui tristeza e fui esplendor
Tudo o que me fez amar-te
Vou guardar e sem rancor
Monto o forte na desdita
Como tantas vezes fiz
Que o amor nem acredita
Que não pode ser feliz
Meu amor
Devo deixar-te partir
Se já não ardes por mim
Se o coração quis assim
Devo deixar-te seguir
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
Vai que preciso chorar em paz
E em cada passo que dás
Chego mais perto de mim
quarta-feira, 27 de maio de 2020
Amantes Separados
Como num búzio
O mar repete essa balada
Numa canção
Feita de sonho e ansiedade
Meu coração
Repete a história apaixonada
Duma presença que se fez
Longe, saudade
A vida quis que fosse assim
Nosso destino
No grande amor que quis
Vencer os vendavais
A vida quis que fosse assim
Nosso destino
Onda quebrada contra a praia
E nada mais
E a vida passa
Como os versos que escrevemos
E as promessas que fizemos
No dia da despedida
E a vida passa
Passam os dias rasgados
Tudo passa e passa a vida
Dos amantes separados
Antônio Mestre / Sidônio Muralha
sábado, 23 de maio de 2020
Não me Conformo
segunda-feira, 18 de maio de 2020
Fado do Ciúme
Se não esqueceste
O amor que me dedicaste,
E o que escreveste
Nas cartas que me mandaste,
Esquece o passado
E volta para meu lado,
Porque já estás perdoado
De tudo o que me chamaste.
Volta meu querido,
Mas volta como disseste,
Arrependido
De tudo o que me fizeste,
Haja o que houver
Já basta p'ra teu castigo
Essa mulher
Que andava agora contigo.
Se é contrafeito
Não voltes, toma cautela
Porque eu aceito
Que vivas antes com ela
Pois podes crer
Que antes prefiro morrer
Do que contigo viver
Sabendo que gostas dela.
Só o que eu te peço
É uma recordação,
Se é que mereço
Um pouco de compaixão,
Deixa ficar
O teu retrato comigo,
P'ra eu julgar
Que ainda vivo contigo
.
O amor que me dedicaste,
E o que escreveste
Nas cartas que me mandaste,
Esquece o passado
E volta para meu lado,
Porque já estás perdoado
De tudo o que me chamaste.
Volta meu querido,
Mas volta como disseste,
Arrependido
De tudo o que me fizeste,
Haja o que houver
Já basta p'ra teu castigo
Essa mulher
Que andava agora contigo.
Se é contrafeito
Não voltes, toma cautela
Porque eu aceito
Que vivas antes com ela
Pois podes crer
Que antes prefiro morrer
Do que contigo viver
Sabendo que gostas dela.
Só o que eu te peço
É uma recordação,
Se é que mereço
Um pouco de compaixão,
Deixa ficar
O teu retrato comigo,
P'ra eu julgar
Que ainda vivo contigo
.
domingo, 3 de maio de 2020
Beatriz da Conceição _ Eu Nasci Amanhã
letra de Artur Ribeiro / musica de Joaquim Campos *fado alexandrino*
Eu nasci amanhã,no meio desta gente
Toda nascida ontem, ou quando muito, agora
Eu nasci amanhã, num mundo irreverente
Por isso não entendo, a gente que cá mora
Eu nasci amanhã num mundo sem fronteiras
Onde cada poeta só canta o que lhe apraz
Eu nasci amanhã onde não há trincheiras
Onde não fazem guerras impondo a sua paz
Eu nasci amanhã, num mundo imaginado
Sem pobres a morar em zona demarcada
E neste mundo, hoje, triste e acomodado
Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada
Eu nasci amanhã,no meio desta gente
Toda nascida ontem, ou quando muito, agora
Eu nasci amanhã, num mundo irreverente
Por isso não entendo, a gente que cá mora
Eu nasci amanhã num mundo sem fronteiras
Onde cada poeta só canta o que lhe apraz
Eu nasci amanhã onde não há trincheiras
Onde não fazem guerras impondo a sua paz
Eu nasci amanhã, num mundo imaginado
Sem pobres a morar em zona demarcada
E neste mundo, hoje, triste e acomodado
Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada
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*Eu Nasci Amanhã,
Beatriz da Conceição
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Fado Meia Noite
LETRA DE Conde de Sobral / MUSICA DE Filipe Pinto *fado meia noite*
É meia noite, bem sei
Meia noite é meia vida
Meia vida que gastei
Em meia noite perdida
Não me fales mais da hora / Tão tardia a que voltei
Perdi o tempo lá fora / É meia noite, bem sei
Se esta vida são dois dias / Verdade não desmentida
Para maiores alegrias / Meia noite é meio da vida
Ficarás mais consolada / Do desgosto que te dei
Sabendo desperdiçada / Meia vida que gastei
Eu juro, se fizer jeito / Á tua alma sentida
Não tirei nenhum proveito / Em meia noite perdida
RETIRADO DO BLOG Fados do Fado a quem agrdeço
terça-feira, 28 de abril de 2020
Amália Rodrigues-Lavava no rio lavava
Amália Rodrigues / Fontes Rocha
Lavava no rio, lavava
Gelava-me o frio, gelava
Quando ia ao rio lavar;
Passava fome, passava
Chorava, também chorava
Ao ver minha mãe chorar
Cantava, também cantava
Sonhava, também sonhava / E na minha fantasia
Tais coisas fantasiava
Que esquecia que chorava / Que esquecia que sofria
Já não vou ao rio lavar
Mas continuo a sonhar / Já não sonho o que sonhava
Se já não lavo no rio
Porque me gela este frio / Mais do que então me gelava
Ai minha mãe, minha mãe
Que saudades desse bem / E do mal que então conhecia
Dessa fome que eu passava
Do frio que me gelava / E da minha fantasia
Já não temos fome, mãe
Mas já não temos também / O desejo de a não ter
Já não sabemos sonhar
Já andamos a enganar / O desejo de morrer
Letra retirada do bolg Fados no fado a quem agradeço
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*Lavava no rio lavava,
Amália Rodrigues
sábado, 25 de abril de 2020
José Geadas-Esquina de Rua
letra de João Fezas Vital e música de Pedro Rodrigues-Quintilhas.
Tinhas o corpo cansado
E a cidade era tão fria
Ninguém dormia a teu lado
Ninguém sabia que amado
O teu corpo se acendia
Andavas devagarinho
Pelas ruas de Lisboa
Em busca de algum carinho
Que te fosse pão e vinho
E te desse noite boa
Eras triste se sorrias
E mais nova se choravas
As palavras que dizias
Tinham dores e alegrias
E só ternura deixavas
Por ti não houve ninguém
Para quem te desses nua,
Podias ter sido mãe
Podias ter sido mãe
E foste esquina de rua
domingo, 19 de abril de 2020
Fernando Maurício-Quando me sinto só
Artur Ribeiro / Alfredo Duarte *alexandrino lembro-me de ti*
Quando me sinto só, como tu me deixaste
Mais só que um vagabundo num banco de jardim
É quando tenho dó de mim e por contraste
Eu tenho ódio ao mundo, que nos separa assim
Quando me sinto só sabe-me a boca a fado
Lamento de quem chora a sua triste mágoa
Rastejando no pó, o meu coração cansado
Lembra uma velha nora morrendo à sede d'água
P'ra que não façam pouco, procuro não gritar
A quem pergunta minto, não quero meter dó
Num egoísmo louco eu chego a desejar
Que sintas o que sinto quando me sinto só
AGRADECIMENTO ao blog Fados so fados
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034-Quando me sinto só,
Fernando Maurício
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Fernando Mauricío - Um Copo Mais Um Copo
Desde que tu partiste perdi a felicidade
E p'ra que ninguém veja sinais do meu tormento
Sózinho vou matando toda a minha saudade
Entre as quatro paredes do nosso apartamento
Um copo, mais um copo
Um cinzeiro já cheio de pontas de cigarro
Uma velha moldura
Lembrando a tua imagem e a dôr a que me agarro
Um copo mais um copo
Uma canção de amor e fumaças sem fim
É tudo o que me resta, é tudo que ficou
De ti... de nós... de mim
Errante p'la cidade, alheio á multidão
Fugindo dos amigos vou caminhando a esmo
Os dias são iguais, as horas iguais são
E quando a noite chega, o fim, é sempre o mesmo.
Um copo, mais um copo
Um cinzeiro já cheio de pontas de cigarro
Uma velha moldura
Lembrando a tua imagem e a dôr a que me agarro
Um copo mais um copo
Uma canção de amor e fumaças sem fim
É tudo o que me resta, é tudo que ficou
De ti... de nós... de mim.
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*Um copo mais um copo,
Fernando Maurício
Fernando Maurício-Fui dizer-te adeus ao cais
Letra: António Rocha
Música: José Joaquim Cavalheiro Jr. [Fado Porto]
Fui dizer-te adeus ao cais
Levado pelo sentimento
Que guiava os passos meus,
Não devo sentir jamais
A tristeza do momento
Em que dissemos adeus.
Apenas duas palavras
Um leve aperto de mão
E um beijo que simulei,
Ao tempo em que te afastavas
Senti que meu coração
Ia contigo também.
Já distantes, os olhos teus
Não viam que a minha mão
Ia acenando a tremer,
Volta depressa, por Deus
Levaste o meu coração
Sem ti não posso viver.
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*Fui dizer-te adeus ao cais,
Fernando Maurício
domingo, 5 de abril de 2020
Lágrimas do Céu
Quando eu canto e a chuva cai
Uma nuvem de incerteza
Paira em mim de quando em quando
Cada gota lembra um ai
A rimar com a tristeza
Dos versos que vou cantando
E na doce melodia
De que o fado se reveste
Quando o meu olhar embaça
Vejo a estranha melodia
Da chuva que o vento agreste
Faz murmurar na vidraça
Então dou no meu lamento
Ao fado que me prendeu
Rimas tristes pobrezinhas
Cai a chuva, geme o vento
São as lágrimas do céu
Que fazem brotar as minhas
sábado, 4 de abril de 2020
Deste-me um Beijo e Vivi
João Dias / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Beatriz da Conceição
Deste-me um beijo e vivi
Na força que veio de ti
Encontrei a fé perdida
Negando o barro e o mito
O meu corpo feito grito
Pediu à vida mais vida
Acontecemos um só
Sob a luz do mesmo sol / Cores do mesmo matiz
Razões duma só razão
Pedaços do mesmo chão / Troncos da minha raiz
Dá-me as carícias mais gratas
Das tuas mãos regressadas / Vindas do fundo tempo
Mil madrugadas esperei
Presença viva te sei / Amor com força de vento
E o meu corpo feito grito
Teve força de granito / Força que veio de ti
Encontrei a fé perdida
Pedi à vida mais vida / Deste-me um beijo e vivi
Letra retirada do grande blog Fados do fado a quem agradeço
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022-Deste-me um beijo e vivi,
Raquel Tavares
Max - Foge de mim
Domingos Gonçalves da Costa / Maximiano de Sousa *Max*
Foge de mim... sinceramente te peço
Esquece tu que eu também esqueço o nosso amor infeliz;
Foge de mim... porque jamais compreendes
Que eu não sou quem tu pretendes e assim não serás feliz;
Foge de mim... porque há o sofrer e há o penar
Se a isto chamas amar, eu não quero amar assim
E se algun dia te encontrares sem um carinho
Qual errante num caminho
Agreste, triste e sem fim
Volta aos meus braços, aos meus afetos leais
E verás que nunca mais
Nunca mais foges de mim
Foge de mim... se a tua forte vontade
É trocares nossa amizade por outro afeto qualquer;
Foge de mim... porque a saudade é só minha
e se és mais feliz sozinha , e só te vejas mulher;
Foge de mim... p'ra onde eu nunca te veja
Foge e que Deus te proteja e ao meu desgosto dê fim
Beatriz da Conceição - Alguém
Guilherme Pereira da Rosa / Miguel Ramos *fado alberto*
Alguém há-de pagar o teu desprezo
Alguém há-de sofrer com teu desdém
Alguém há-de vergar um dia ao peso
Do mal que sinto por gostar de alguém
Alguém que vai surgir na minha vida
Alguém que ainda não sei quem é sequer
Alguém me vai julgar como perdida
Quando afinal não sou senão mulher
Por alguém que traiu e me pôs louca
Para alguém, por vingança vou ser má
Por alguém que beijou a minha boca
Vou beijar sem amor, ao Deus dará
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Teresa Tarouca _ Testamento
quarta-feira, 29 de janeiro de 2020
A Minha Rua
Não me conformo
Lucilia do Carmo canta um fado com letra de Emílio Vasco e música de Mário Moniz Pereira
Não sei como pudeste descansar
Noutros braços, sabendo que estou triste
Nem um remorso só te faz lembrar
O que te dei e tu retribuíste
Mas como,Santo Deus,tudo apagado
Nesse teu coração descontrolado
Sabendo tu, que o meu, se queimaria
Numa saudade viva, dia a dia
Bem sei que todo o bem tem sempre um fim
Mas não, não me conformo, assim
Entre nós dois, estão sempre de permeio,
Doces recordações a que me agarro
Na estante, o livro que deixaste a meio,
No meu cinzeiro, o último cigarro
E o lenço que me deste nos meus anos
Mortalha doutros tantos desenganos
Onde guardo o que resta desse adeus
Que os teus olhos trocaram com os meus
Bem sei que todo o bem tem sempre um fim
Mas não, não me conformo, assim
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
quarta-feira, 22 de janeiro de 2020
Roseira Brava
Andei a ver se encontrava
alguma roseira brava
florida de murchas rosas
qualquer coisa que lembrasse
um resto só que ficasse
das nossa horas ditosas
Mas o céu enegreceu
o vento tudo varreu
e de nós nada ficou
na campina nua e fria
nem uma roseira havia
nem uma rosa murchou
Morreu triste o meu intento
morreu levado plo vento
que as roseiras embalava
voltei ao cair do dia
pois no campo não havia
nem uma roseira brava
Esta letra de Manuel DE Andrade é cantada sobre uma música dum fado tradicional. o Fado primavera da autoria de Pedro Rodrigues.
terça-feira, 21 de janeiro de 2020
A saudade que me dói
segunda-feira, 20 de janeiro de 2020
sábado, 18 de janeiro de 2020
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