Este espaço resulta de recolhas de apontamentos fadista que "apanho" na Internet, Aos seus autores os meus agradecimentos e a recomendação aos meus visitantes, que os localizem e visitem porque normalmente há nuito mais para ouvir.
quarta-feira, 30 de setembro de 2020
"O louco
Quiseste que eu fosse louco
P’ra que te amasse melhor
Mas amaste-me tão pouco
Que eu fiquei louco d’amor
Assim arrasto a loucura / Perguntando a toda a gente
Se do amor, a tontura / Um louco também a sente
E se quiseres amar / Esta loucura, mulher
Dá-me apenas um olhar / Que me faça endoidecer
Dá-me um olhar mesmo triste / Pois só nesta condição
Dou-te a loucura que existe / Dentro do meu coração
O lenço que me ofertaste / Tinha um coração no meio
Quando ao nosso amor faltaste / Eu fui-me ao lenço e rasguei-o
Letra retirada do magnifico blog Fados do fado a quem agradeço
Fado Balada
música de Alfredo D. Marceneiro interpretada pelo proprio com esta letra de Silva Tavares
Conta uma linda balada
Que um rei dum reino sem par
Vendo morta a sua amada
Quis o seu seio moldar
E pelo molde modelada
Depois de gasto um tesoiro
Nasceu a graça encantada
De uma taça toda d'oiro
E quando por ela bebia
Morto por se embriagar
Saudoso triste sorria
Com vontade de chorar
Certa noute imaculada
À luz dum luar divino
Deixou a corte pasmada
E fez-se ao mar sem destino
No mar ansiando a graça
De com a morta se juntar
Bebeu veneno p'la taça
E atirou a taça ao mar
Ao seu seio não há nada
Que se possa igualar
Nem a taça da balada
Que jaz no fundo do mar
terça-feira, 29 de setembro de 2020
Fado da Alegria
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012.Fado da alegria,
Mercês da Cunha Rêgo
Estranha forma de vida
Fado Bailado
Estranha forma de vida
Letra: Amália Rodrigues
Música: Alfredo Marceneiro
Foi por vontade de Deus
que eu vivo nesta ansiedade.
Que todos os ais são meus,
Que é toda a minha saudade.
Foi por vontade de Deus.
Que estranha forma de vida
tem este meu coração
vive de forma perdida
Quem lhe daria o condão?
Que estranha forma de vida.
Coração independente,
coração que não comando:
vive perdido entre a gente,
teimosamente sangrando,
coração independente.
Eu não te acompanho mais
pára, deixa de bater.
Se não sabes aonde vais,
porque teimas em correr,
eu não te acompanho mais.
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012-Estranha forma de vida,
Amália Rodrigues
Alfredo Marceneiro - Fado Bailado
Bailado das folhas II - Eterno bailado
Henrique Rego / Alfredo Duarte *fado bailado*
Repertório de Alfredo Marceneiro
Letra retirado do blog Fados do Fado a quem agradeço
À mercê dum vento brando
Bailam rosas nos vergeis;
E as Marias vão bailando
Enquanto vários Manéis
Nos harmónios vão tocando
A folhagem ressequida / Baila envolvida em poeira
E com a razão perdida / Há quem leve a vida inteira
A bailar com a própria vida
Baila o nome de Jesus / Em milhões de lábios crentes
Em bailado que seduz / As falenas inocentes
Bailam á roda da luz
Tudo baila, tudo dança / Nosso destino é bailar
E até mesmo a doçe esperança / Dum lindo amor se alcançar
De bailar nunca se cansa
Letra retirado do blog Fados do Fado a quem agradeço
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012-Eterno bailado,
Alfredo Marceneiro
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Fado Bacalhau.instrumental
Amor de mães
Fado Bacalhau
Amor de Mãe
Letra: Alfredo Marceneiro
Música: José Bacalhau
Intérprete: Alfredo Marceneiro
..
Há vários amores na vida
Lindos como o amor perfeito
Belos como a Vénus querida
De tantos que a vida tem
Só um adoro e respeito
É o santo Amor de mãe (bis)
Da mulher desventurada
Nesta vida ninguém fuja
Se ela acaso um filho tem
Deixá-la ser desgraçada
Porque a desgraça não suja
O santo afeto de mãe (bis)
Minha mãe amor em prece
Eu sinto tão bem viver
Esse amor que ainda me invade
Que se mil anos vivesse
Não deixaria morrer
Por ti a minha saudade (bis)
Se para ser homem Jesus
Precisou que uma mulher
O desse á luz deste mundo
O amor de mãe é a luz
Que torna o nosso viver
Num hino de amor profundo (bis)
Grata ofensa
Maria Amélia Proença canta Grata ofensa
Letra de Jorge Morais Rosa / musica do José Bacalhau (Fado Bacalhau)
Depois que este amor ruiu,
De tudo o que mais me feriu,
E o meu maior desgosto...,
Foi tu passares a meu lado,
E num gesto disfarçado,
Por me veres, voltares o rosto! (bis)
Ofensas, tive-as aos centos,
Somei desgostos, tormentos,
Que o teu amor me ofereceu...!
E se alguém tinha motivo,
p´ra fazer um olhar esquivo
de nós dois, seria eu.
Se alguém, tinha motivo
P´ra fazer um olhar esquivo
De nós dois, seria eu! (bis)
Mas fico-te agradecida,
Tanto ou mais do que ofendida,
P´lo teu gesto de indiferença...!
Pois, assim sei que mal viste
Chorar, o meu olhar triste,
Ali, na tua presença! (bis)
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011-Grata ofensa,
Maria Amélia Proença
domingo, 27 de setembro de 2020
Fado Amora instrumental
Fado Amora
Fado da 3ª geração, em modo menor, tendo na sua textura, muito elaborada, a chamada escala espanhola. É normalmente cantado com versos de sete sílabas ( redondilha maior ).
Numa das versões conhecidas, assumiu este nome por ter sido composto depois de uma sessão de Fado realizada na vila da Amora ( hoje cidade ), concelho do Seixal, localidade à qual o seu autor se deslocava com frequência ( aliás, são conhecidas algumas histórias da sua assídua presença na Margem Sul do Tejo ). Numa outra versão, consta que a primeira letra nele cantada, refere a história trágica de uma jovem que terá ingerido uma grande quantidade de amoras e que teve um fim trágico!
Foi composto pelo grande fadista, por muitos considerado o melhor de sempre, Joaquim Campos, de seu nome completo, Joaquim Campos da Silva!
Retirado de Fados tradicionais
Esta noite não
Esta noite não
Jorge Fernando / Joaquim Campos *fado amora*
Amanhã quando acordar
Poderei ser coisa pouca
Ou talvez, traço de boca
Ainda por desenhar
Ser algo entre os escolhos / Que se procura salvar
Ou então ser dos teus olhos / Um jeito triste de olhar
Poderei ser folha morta / Sem nunca tombar ao chão
Ou trinco velho de porta / Que só abre à tua mão
Poderei ser a razão / Dum poema feito a esmo
Porém esta noite não / Porque ainda sou o mesmo
Transcrito de fados do fado
Os teus Olhos
Mote de António Botto / Fado amora
Meus olhos que por alguém
Cantado por Teresa Silva Carvalho
Meus olhos que por alguém
Deram lágrimas sem fim
Já não choram por ninguém
Basta que chorem por mim
Gosto muito dos teus olhos
Ainda mais gosto dos meus
Se não fossem os meus olhos
Não podia ver os teus
E se o perdesse a luz
Por ordem do próprio Deus
Ia pedir a Jesus
Só a luz dos olhos teus
Arrependidos e olhando
A vida como ela é
Meus olhos vão conquistando
Mais fadiga e menos fé
Choram cheios d’amagura
Mas se as coisas são assim
Chorar alguém, que loucura
Basta que chorem por mim
letra retirada do blog Fados do fado a quem agradeço
Cantado por Teresa Silva Carvalho
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007-Os teus olhos,
Teresa Silva Carvalho
sábado, 26 de setembro de 2020
Fado Alvito instrumntal
Fado da 3ª geração, em modo maior, e na opinião de muitos especialistas, um dos mais bonitos fados que se conhecem, foi composto pelo grande músico do Fado, Jaime Tiago dos Santos .
A origem deste fado, e do seu nome, consta de uma história contada pelo saudoso fadista José de Sousa, que reza assim:
- Certa tarde, em Alcântara, popular bairro de Lisboa, Jaime Santos, durante um convívio com uns amigos do meio fadista, terá desabafado, que nessa noite iria tocar numa verbena no Bairro do Alvito, logo ali ao lado, e dizia repetidamente “...aquilo vai ser uma chatice...”!
No entanto, quando lá chegou, de imediato mudou de opinião, uma vez que os organizadores, avisados dos receios do guitarrista, proporcionaram-lhe uma extraordinária noite de Fado, tratando-o principescamente!
Em resposta, Jaime Santos, após ter reconhecido a avaliação errada que fizera, compôs esta melodia, que dedicou ao Bairro do Alvito e às sua gentes! Talvez por isso, alguns especialistas, também lhe chamem “Fado do Alvito”.
Retirado do clog Fados Tradicionais
A Sombra dos teus desejos
A sombra dos teus desejos
Maria Manuel Cid / Jaime Santos *fado alvito*
Ai que bom que bom seria
Ter morrido nesse dia
E não ter de recordar
Vieste dizer-me adeus
Sem pores teus olhos nos meus
Partiste para não voltar
Vive o meu corpo sozinho
Dobrado sobre o caminho / Onde o meu sonho morreu
Dei-te o amor mais profundo
Tudo o que tinha no mundo / Fiquei mais perto do céu
Meus olhos choraram tanto
Ficaram secos de pranto / Tristes, pesados e baços
Sinto o sabor dos teus beijos
A sombra dos teus desejos / Mais o calor dos teus braços
Tu levaste a minha vida
Que ficaria perdida / Se a tens deixado comigo
Porque a matéria não pensa
Que importa a tua presença / Minha alma vive contigo
Letra retirada do megnifico blog Fadoos doo Fado a quem agradeço
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006-Sombra dos teus desejos,
Carmo Moniz Pereira
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Fado alfacinha
Fado Alfacinha
Letra: António Feijó Teixeira Música: Jaime Tiago dos Santos
Faz da noite confidente,
A noite é sempre calada, (bis)
Escuta o que diz a gente,
E nunca repete nada! (bis)
Teus olhos são passarinhos,
Que ainda não podem voar, (bis)
Cuidado, que andam aos ninhos,
Os rapazes do lugar! (bis)
Teus olhos, quem é que, ao vê-los
Tão doces na tua face, (bis)
Não lhe apetece comê-los,
Como dois olhos d´ alface! (bis)
O Fado tem tal encanto, (bis)
É diverso em cada hora,
Suspira guitarra, chora, (bis)
Cada hora tem seu pranto
Fado Alfacinha
Fado da 3ª geração, misto quanto ao modo ( menor / maior ), e bem alegre!
Desconhece-se a origem do nome deste fado; contudo, consta que terá adquirido o nome dos versos compostos por António Feijó Teixeira, com o mesmo nome
Retirado de Fados Tradicionais
Quadras
Fado Alfacinha de Jaime Santos
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
Contemplo o Que Não Vejo
Fado Alexandrino do Armandinho
Contemplo o Que Não Vejo
Letra: Fernando Pessoa
Música: Armando Freire (Armandinho)
Intérprete: Maria do Rosário Bettencourt
https://fadotradicional.wixsite.com/f...
quarta-feira, 23 de setembro de 2020
Fado Alberto instrumental
Julguei endoidecer
letra de Tristão da Silva
Não te menti
Não te menti
Letra: Moita Girão
Música: Miguel Ramos
(Fado Alberto)
Alguém te foi dizer que adoro o fado
Pensei que não te dessem novidade
Pois quando aprofundaste o meu passado
Com franqueza te expus toda a verdade
Recordas certamente de eu dizer
É fado esta tristeza que me mói
É fado o meu cantar o meu sofrer
E é fado esta saudade que dói
É fado o meu beijar o meu carinho
É fado o meu sorriso, o meu perdão
E até este passar no teu caminho
É fado, podes crer, meu coração
Eu dava-te razão se te mentisse
Pedia-te perdão logo em seguida
Mas já cantava o fado quando disse
Que és tu o grande amor da minha vida
terça-feira, 22 de setembro de 2020
Xaile encarnado
João Monge / Armandinho *fado da adiça*
Canta Bia Frazão
Eu tenho um xaile encarnado É uma lembrança tua Tem um segredo bordado Que ás vezes eu trago á rua Tem as marcas de uma vida / Que a vida marca no rosto Mas ganha uma nova vida / Nas noites que o trago posto Já foi lençol e bandeira / Vela de barco, também Tem marcas da vida inteira / Mas dizem que me cai bem Se pensas que me perdi / Nalgum destino traçado Pra veres que não esqueci / Eu ponho o xaile encarnado
Agradeço a Fados do fado pela letra
Canta Bia Frazão
Eu tenho um xaile encarnado É uma lembrança tua Tem um segredo bordado Que ás vezes eu trago á rua Tem as marcas de uma vida / Que a vida marca no rosto Mas ganha uma nova vida / Nas noites que o trago posto Já foi lençol e bandeira / Vela de barco, também Tem marcas da vida inteira / Mas dizem que me cai bem Se pensas que me perdi / Nalgum destino traçado Pra veres que não esqueci / Eu ponho o xaile encarnado
Agradeço a Fados do fado pela letra
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Meu amor não vale a pena
Meu amor, não vale a pena
Nelo / Acácio Gomes *fado acácio*
Meu amor, não vale a pena
Teres dó do meu coração
E sentires falsa ternura;
Quando a sorte nos condena
Ao amor na solidão
Atraiçoá-lo é loucura
Solidão é toda a gente
É cada olhar, cada rosto / Que mora onde a gente mora
Viver a vida de frente
Achar prazer no desgosto / Chorar ao pé de quem chora
É cada pobre que pede
É guitarra abandonada / Á espera de melodias
É cada boca com sede
É tempo dentro do nada / Que preenche os nossos dias
Não te ter e sempre ter-te
Julgar que ainda te tenho / Sabendo que te perdi
É ganhar-te no perder-te
Ter perdido o que não tenho / Ter-te sem esperar por ti
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001-Meu amor não vale a pena,
Paulo Cangalhas
Poema do nosso amor
Poema de Hortense Viegas César
Música de Acácio Gomes
Beatriz da Conceição - Liberta-me amor
Liberta-me, amor
Maria João Dâmaso / Armandinho *alexandrino do estoril*
Repertório de Beatriz da Conceição
Encontrei-me perdida no céu da noite escura
Aonde te inventei nas estrelas que não vi
A noite adormecida entornava ternura
No meu corpo sem lei, em meus braços sem ti
Enlaçou-me num afago, a sua imensidão
De silêncio maior que a nudez dos mortais
Como este que em mim trago, feito de solidão
Onde sobeja a dôr por não te saber mais
Gritei então o teu nome rompendo com o meu grito
O vácuo espelhado nas águas em quietude
O som desenterrou-me o meu amor aflito
Há muito sufocado cantou em voz mais rude
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001-Liberta-me amor,
Beatriz da Conceição
Fado Estoril
Fado Estoril
Letra: D. R.
Música: Armando Freire (Armandinho)
Intérprete: Madalena de Melo
Cheio de pasmo e dor, vergado ao desalento,
Tu disseste-me adeus, naquele dia triste...! (bis)
E após a despedida, infausta de tormento,
Eu chorando fiquei e chorando partiste! (bis)
O pranto, meu amor, desfaz-se entre nós dois,
Em gotas de cristal, fazendo-nos sofrer...! (bis)
Fizeram rebrilhar meus olhos, mais que sóis,
Quando no tempo, ao fim, nos tornámos a ver! (bis)
Sendo triste, um adeus, a quem queremos bem,
Obriga-me a dizer, após os prantos meus...! (bis)
Que és tu muito feliz, quem diz adeus a alguém,
E é triste, quem não tem, a quem dizer adeus! (bis)
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043-Fado Estoril,
Madalena de Melo
Quando Me Sinto Só
- Fernando Maurício com o fado "Quando Me Sinto Só " (Artur Ribeiro/Alfredo Marceneiro) ao vivo no grupo desportivo da Mouraria Quando me sinto só, como tu me deixaste Mais só que um vagabundo num banco de jardim É quando tenho dó de mim e por contraste Eu tenho ódio ao mundo, que nos separa assim Quando me sinto só sabe-me a boca a fado Lamento de quem chora a sua triste mágoa Rastejando no pó, o meu coração cansado Lembra uma velha nora morrendo à sede d'água P'ra que não façam pouco, procuro não gritar A quem pergunta minto, não quero meter dó Num egoísmo louco eu chego a desejar Que sintas o que sinto quando me sinto só agradecimento a fados do fado
quarta-feira, 9 de setembro de 2020
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