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quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Amor Total

Poema de José Fernandes de Castro na voz de Mariana Correia Temos encontro marcado Num poema inacabado À espera dum final Somos a alma perfeita Da paixão que só se deita Em nome do amor total A nossa cama é o tempo Onde corpo e sentimento Combinam na perfeição O nosso mundo é o amor Que tem o real sabor Das coisas do coração Temos encontro marcado Nas rimas do mesmo fado Que baila na nossa voz Este amor, quase loucura Desperta em nós a ternura O resto... fazemos nós

Fora de horas


Letra e Musica de Belo Marques

cantado por Maria Emília


Fadista geme a tua desventura
Não faças conta ao tempo quando choras
Que o Fado em certas horas de amargura
Só deve ser cantado fora de horas

Não bate o coração a horas tantas
Nem sabe quando ri ou quando chora
O Fado é mais sentido quando cantas
Se a hora de o cantar passa da hora

O Fado é o destino de uma hora
Um dia ela virá, mas não sei quando
Quem tem um coração que canta e chora
Não pode ouvir as horas que vão dando

Bateu-me o Fado à porta lentamente
A quem fui receber de mãos abertas
Meu triste coração ficou doente
E nunca mais bateu a horas certas

Não chames pela saudade


Letra retirada do blog Fados do fado a quem agradeço

poema de Joaquim Pimentel música de Joaquim Campos *fado tango*


Não chames pela saudade
A saudade não te quer
Deixa-a dormir sossegada
A saudade está cansada
Ela precisa esquecer

Não chames pela saudade / A saudade não está aqui
Foi por aí enjeitada / A saudade está cansada
De tanto esperar por ti

Chamou por ti tantas vezes / Chamou, chamou, sem cessar
Esperou dias e meses / Chamou por ti tantas vezes
E não quiseste voltar

O passado não se alcança / O que foi não volta a ser
Meu amor, perde a esperança / Quando a saudade se cansa
Não há mais nada a fazer

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Sónia Soprano - "Disse-te Adeus e Morri"

Poema retirado do blog Fados do fado de José fernandes de Castro a quem agradeço Vasco de Lima Couto / José António Sabrosa *sextilhas* Disse-te adeus e morri E o cais vazio de ti Aceitou novas marés; Gritos de búzios perdidos Roubaram aos meus sentidos A gaivota que tu és Gaivota de asas paradas Que não sente as madrugadas / E acorda á noite, a chorar Gaivota que faz um ninho Porque perdeu o caminho / Onde aprendeu a voar Preso no ventre do mar O meu triste respirar / Sofre a invenção das horas Pois na ausência que deixaste Meu amor, como ficaste / Meu amor, como demoras

Meu nome sabe-me a areia

Retirado do blog Fados do fado pelo que agradeço a José Fernandes de Castro Vasco de Lima Couto / Alfredo Duarte *fado bailado* Meu nome sabe-me a areia Que cresce no rio novo Entre as verdades que sonho E as tristesas que transponho Meu nome sabe-me a povo Corro os caminhos do mundo Como um tronco de raiz E se canto uma saudade Eu limito a humanidade Aos cantos do meu país Meu nome gastou os dias Que eu trilho de amor ao lado Vivo a afagar uma estrela E no desejo de vê-la Meu nome sabe-me a fado

Dei-te um nome em minha cama

Letra retirada do blog Fados do Fado com os meUS AGRADECIMENTOS poema de Vasco de Lima Couto musica de José Ant+oni Sabrosa Dei-te um nome em minha cama / Aberta no meu outono Depois amei-te em silêncio / Que é uma forma de abandono Dei-te um nome em minha cama Rasgada em lençóis de sono Tentei ser tudo o que era / Nas horas da mão parada Corpo e campo aberto ao vento / Que encaminha a madrugada Tentei ser a primavera E cantei meu triste nada Vi-te ao canto da memória / Por te viver e sonhar Amor d'amor sem glória / Como um rio ao começar Que te vai contando a história Onde eu não posso morar Dei-te um nome em minha cama / Aberta no meu outono Depois, amei-te em silêncio / Que é uma forma de abandono Dei-te um nome em minha cama Rasgada em lençóis de sono

Fado do Amanhã

Letra retirada com os meus agradecimentos do blog Fado do Fado de José Fernandes de Castro Quando todos no cais, com lágrimas de sol Acenarem os lenços como pombos esguios E tu, ansiosamente, procurares os meus olhos Hás-de encontrá-los secos, abismados e frios Verás neles a hora duma escada vazia Às cinco da manhã dum Outono qualquer E verás os soluços que a varanda prendeu E tudo o que fui eu para o tempo crescer Vingarei o silêncio com o mesmo silêncio Deixando a minha dor a um canto da amurada Pois como tu, terei de começar de novo A alegria que um dia partiu de madrugada