Dada a sua tendência natural para cantar fado, Natalino Duarte inscreveu-se para participar no concurso “Primavera do Fado”, em 1957. Neste concurso, organizado pelo poeta Francisco Radamanto e cujas eliminatórias decorreram no antigo Café Luso, o fadista conquistou o primeiro lugar das classificações, tornado-se nesta data fadista profissional.
Lagrima solta
O seu percurso de carreira tem início precisamente com a contratação para o elenco permanente do Café Luso, local onde permanecerá por largos anos. A partir da década de 1980 Natalino Duarte tomou a seu cargo nova direcção artística, desta feita no Páteo Alfacinha, espaço a que se manteve dedicado quase até à data do seu falecimento.
Sem ti
A sua longa carreira desenvolveu-se sobretudo no âmbito das actuações nas casas de fado de Lisboa mas, ainda assim, Natalino Duarte efectuou algumas digressões de norte a sul de Portugal e, também, deslocações ao estrangeiro onde actuou para comunidades emigrantes dos Estados Unidos, Canadá, Holanda e Espanha.
Durante a década de 60, Natalino Duarte gravou discos para as editoras Alvorada e Marfer. De um conjunto de 14 EPs editados, a Movieplay seleccionou 18 dos seus maiores êxitos e reeditou-os em CD.
Degraus da vida
A 30 de Julho de 1999, a APAF (Associação Portuguesa dos Amigos do Fado) organizou um jantar de homenagem a Natalino Duarte, no Páteo Alfacinha. Marcaram presença os fadistas Carlos do Carmo, Argentina Santos, Camané, Anita Guerreiro, Fernando Maurício, Ada de Castro, António Rocha, Lenita Gentil, Jorge Fernando e Maria da Fé, entre outros.
Natalino Duarte faleceu em Fevereiro de 2002 vítima de doença prolongada. Embora não tenha deixado muitos registos discográficos, o fadista integra-se numa geração que fez longa carreira no espaço das casas de fado de Lisboa, um ambiente naturalmente privilegiado para a interpretação do Fado.
Longe da razão
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