Este espaço resulta de recolhas de apontamentos fadista que "apanho" na Internet, Aos seus autores os meus agradecimentos e a recomendação aos meus visitantes, que os localizem e visitem porque normalmente há nuito mais para ouvir.
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Fado Meia Noite
LETRA DE Conde de Sobral / MUSICA DE Filipe Pinto *fado meia noite*
É meia noite, bem sei
Meia noite é meia vida
Meia vida que gastei
Em meia noite perdida
Não me fales mais da hora / Tão tardia a que voltei
Perdi o tempo lá fora / É meia noite, bem sei
Se esta vida são dois dias / Verdade não desmentida
Para maiores alegrias / Meia noite é meio da vida
Ficarás mais consolada / Do desgosto que te dei
Sabendo desperdiçada / Meia vida que gastei
Eu juro, se fizer jeito / Á tua alma sentida
Não tirei nenhum proveito / Em meia noite perdida
RETIRADO DO BLOG Fados do Fado a quem agrdeço
terça-feira, 28 de abril de 2020
Amália Rodrigues-Lavava no rio lavava
Amália Rodrigues / Fontes Rocha
Lavava no rio, lavava
Gelava-me o frio, gelava
Quando ia ao rio lavar;
Passava fome, passava
Chorava, também chorava
Ao ver minha mãe chorar
Cantava, também cantava
Sonhava, também sonhava / E na minha fantasia
Tais coisas fantasiava
Que esquecia que chorava / Que esquecia que sofria
Já não vou ao rio lavar
Mas continuo a sonhar / Já não sonho o que sonhava
Se já não lavo no rio
Porque me gela este frio / Mais do que então me gelava
Ai minha mãe, minha mãe
Que saudades desse bem / E do mal que então conhecia
Dessa fome que eu passava
Do frio que me gelava / E da minha fantasia
Já não temos fome, mãe
Mas já não temos também / O desejo de a não ter
Já não sabemos sonhar
Já andamos a enganar / O desejo de morrer
Letra retirada do bolg Fados no fado a quem agradeço
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*Lavava no rio lavava,
Amália Rodrigues
sábado, 25 de abril de 2020
José Geadas-Esquina de Rua
letra de João Fezas Vital e música de Pedro Rodrigues-Quintilhas.
Tinhas o corpo cansado
E a cidade era tão fria
Ninguém dormia a teu lado
Ninguém sabia que amado
O teu corpo se acendia
Andavas devagarinho
Pelas ruas de Lisboa
Em busca de algum carinho
Que te fosse pão e vinho
E te desse noite boa
Eras triste se sorrias
E mais nova se choravas
As palavras que dizias
Tinham dores e alegrias
E só ternura deixavas
Por ti não houve ninguém
Para quem te desses nua,
Podias ter sido mãe
Podias ter sido mãe
E foste esquina de rua
domingo, 19 de abril de 2020
Fernando Maurício-Quando me sinto só
Artur Ribeiro / Alfredo Duarte *alexandrino lembro-me de ti*
Quando me sinto só, como tu me deixaste
Mais só que um vagabundo num banco de jardim
É quando tenho dó de mim e por contraste
Eu tenho ódio ao mundo, que nos separa assim
Quando me sinto só sabe-me a boca a fado
Lamento de quem chora a sua triste mágoa
Rastejando no pó, o meu coração cansado
Lembra uma velha nora morrendo à sede d'água
P'ra que não façam pouco, procuro não gritar
A quem pergunta minto, não quero meter dó
Num egoísmo louco eu chego a desejar
Que sintas o que sinto quando me sinto só
AGRADECIMENTO ao blog Fados so fados
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034-Quando me sinto só,
Fernando Maurício
quarta-feira, 15 de abril de 2020
Fernando Mauricío - Um Copo Mais Um Copo
Desde que tu partiste perdi a felicidade
E p'ra que ninguém veja sinais do meu tormento
Sózinho vou matando toda a minha saudade
Entre as quatro paredes do nosso apartamento
Um copo, mais um copo
Um cinzeiro já cheio de pontas de cigarro
Uma velha moldura
Lembrando a tua imagem e a dôr a que me agarro
Um copo mais um copo
Uma canção de amor e fumaças sem fim
É tudo o que me resta, é tudo que ficou
De ti... de nós... de mim
Errante p'la cidade, alheio á multidão
Fugindo dos amigos vou caminhando a esmo
Os dias são iguais, as horas iguais são
E quando a noite chega, o fim, é sempre o mesmo.
Um copo, mais um copo
Um cinzeiro já cheio de pontas de cigarro
Uma velha moldura
Lembrando a tua imagem e a dôr a que me agarro
Um copo mais um copo
Uma canção de amor e fumaças sem fim
É tudo o que me resta, é tudo que ficou
De ti... de nós... de mim.
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*Um copo mais um copo,
Fernando Maurício
Fernando Maurício-Fui dizer-te adeus ao cais
Letra: António Rocha
Música: José Joaquim Cavalheiro Jr. [Fado Porto]
Fui dizer-te adeus ao cais
Levado pelo sentimento
Que guiava os passos meus,
Não devo sentir jamais
A tristeza do momento
Em que dissemos adeus.
Apenas duas palavras
Um leve aperto de mão
E um beijo que simulei,
Ao tempo em que te afastavas
Senti que meu coração
Ia contigo também.
Já distantes, os olhos teus
Não viam que a minha mão
Ia acenando a tremer,
Volta depressa, por Deus
Levaste o meu coração
Sem ti não posso viver.
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*Fui dizer-te adeus ao cais,
Fernando Maurício
domingo, 5 de abril de 2020
Lágrimas do Céu
Quando eu canto e a chuva cai
Uma nuvem de incerteza
Paira em mim de quando em quando
Cada gota lembra um ai
A rimar com a tristeza
Dos versos que vou cantando
E na doce melodia
De que o fado se reveste
Quando o meu olhar embaça
Vejo a estranha melodia
Da chuva que o vento agreste
Faz murmurar na vidraça
Então dou no meu lamento
Ao fado que me prendeu
Rimas tristes pobrezinhas
Cai a chuva, geme o vento
São as lágrimas do céu
Que fazem brotar as minhas
sábado, 4 de abril de 2020
Deste-me um Beijo e Vivi
João Dias / Alfredo Duarte *fado cravo*
Repertório de Beatriz da Conceição
Deste-me um beijo e vivi
Na força que veio de ti
Encontrei a fé perdida
Negando o barro e o mito
O meu corpo feito grito
Pediu à vida mais vida
Acontecemos um só
Sob a luz do mesmo sol / Cores do mesmo matiz
Razões duma só razão
Pedaços do mesmo chão / Troncos da minha raiz
Dá-me as carícias mais gratas
Das tuas mãos regressadas / Vindas do fundo tempo
Mil madrugadas esperei
Presença viva te sei / Amor com força de vento
E o meu corpo feito grito
Teve força de granito / Força que veio de ti
Encontrei a fé perdida
Pedi à vida mais vida / Deste-me um beijo e vivi
Letra retirada do grande blog Fados do fado a quem agradeço
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022-Deste-me um beijo e vivi,
Raquel Tavares
Max - Foge de mim
Domingos Gonçalves da Costa / Maximiano de Sousa *Max*
Foge de mim... sinceramente te peço
Esquece tu que eu também esqueço o nosso amor infeliz;
Foge de mim... porque jamais compreendes
Que eu não sou quem tu pretendes e assim não serás feliz;
Foge de mim... porque há o sofrer e há o penar
Se a isto chamas amar, eu não quero amar assim
E se algun dia te encontrares sem um carinho
Qual errante num caminho
Agreste, triste e sem fim
Volta aos meus braços, aos meus afetos leais
E verás que nunca mais
Nunca mais foges de mim
Foge de mim... se a tua forte vontade
É trocares nossa amizade por outro afeto qualquer;
Foge de mim... porque a saudade é só minha
e se és mais feliz sozinha , e só te vejas mulher;
Foge de mim... p'ra onde eu nunca te veja
Foge e que Deus te proteja e ao meu desgosto dê fim
Beatriz da Conceição - Alguém
Guilherme Pereira da Rosa / Miguel Ramos *fado alberto*
Alguém há-de pagar o teu desprezo
Alguém há-de sofrer com teu desdém
Alguém há-de vergar um dia ao peso
Do mal que sinto por gostar de alguém
Alguém que vai surgir na minha vida
Alguém que ainda não sei quem é sequer
Alguém me vai julgar como perdida
Quando afinal não sou senão mulher
Por alguém que traiu e me pôs louca
Para alguém, por vingança vou ser má
Por alguém que beijou a minha boca
Vou beijar sem amor, ao Deus dará
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Teresa Tarouca _ Testamento
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