Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Mário Cabrita, "Fado Lopes" - "Ermelinda Peixeira"

Margarida Guerreiro, "Fado Lopes" - "Por te querer tanto"

Ricardo Ribeiro - Fado Lopes - Fama de Alfama @ Abrantes

Ricardo J. Martins - Variações sobre o Fado Lopes (Festival de Fado de Z...

Fado Lopes

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Tantos caminhos

Tiago Torres da Silva / José António Sabrosa

 Existem tantos caminhos Onde os homens vão sózinhos Em busca de uma ilusão Passo a passo, quem avança Só vai andando na esperança De enganar a solidão Dá-se um passo e outro passo Mas quando chega o cansaço / E a gente pensa em parar Por castigo ou por má sina Há uma força divina / Que nos obriga a andar Existem tantas estradas Onde se notam pégadas / Que o vento não apagou São pégadas que se arrastam Mas que no tempo se gastam / E ninguém por lá passou Por isso sigo, seguindo Há medida que vou indo / Sei que nesta caminhada Não se chega a um lugar Só nos resta caminhar / Porque só existe a estrada 

 Transcrito de : fados do fado a quem agradeço

Fado José António 6ªs

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Maria

Versos de amor

Naquela Manhã Deserta

Fria claridade

Pedro Homem de Mello / José Marques do Amaral
 Repertório de Amália

 No meio da claridade Daquele tão triste dia Grande, grande era a cidade E ninguém me conhecia Então passaram por mim / Dois olhos lindos, depois Julguei sonhar, vendo enfim / Dois olhos, como há só dois Em todos os meus sentidos / Tive presságios de Deus E aqueles olhos tão lindos / Afastaram-se dos meus Acordei, a claridade / Fez-se maior e mais fria Grande, grande era a cidade / E ninguém me conhecia

 Transcrito de: fados do fado

Meu amor é nuvem branca

Saudade Tem Dó de Mim

Manuel Abrantes / Fado Marques do Amaral 

Repertório de Manuel de Almeida 

 Tudo passa, tudo corre Nesta vida d’ilusão Tudo acaba, tudo morre Só a saudade é que não Ó saudade, vai-te embora / Deixa-me só um instante Ainda que seja uma hora / P’ra alívio já é bastante Não me faças sofrer mais / A sofrer tenho vivido Podes ver pelos meus ais / Quanto já tenho sofrido Tenho a vida quase gasta / Pela dôr que não tem fim Para castigo já basta / Saudade tem dó de mim Transcrito de: fados do fado

Toda a vida te procurei

Maria

Fria claridade

Fado José Marques do Amaral

sábado, 17 de outubro de 2020

Procura-me esta noite

Procura-me esta noite, eu quero-te contar O que passei sem ti desde que te deixei Procura-me esta noite e sabe perdoar Que eu esqueço o que sofri p’lo muito que te amei Procura-me esta noite, à hora do costume Que eu levo o coração repleto de ansiedade Procura-me esta noite, os meus lábios são lume E o fogo da paixão mata-me de saudade Procura-me esta noite, a noite é dos amantes E o mundo de nós dois é poema d’amor Encontras nesta noite mil noites como dantes Cheiinhas de alegria, de beijos e calor Procura-me esta noite, se sabes que sou tua Não deixes que o rancor no seu peito se acoite Se a vida é tão pequena, não esperes amor meu A zanga já passou, procura-me esta noite https://lyricstranslate.com

Pescador do mar gigante

Eu nasci amanhã

Artur Ribeiro / Joaquim Campos *fado alexandrino*
 Repertório de Beatriz da Conceição 
 Eu nasci amanhã, no meio desta gente Toda nascida ontem, ou quando muito, agora Eu nasci amanhã, num mundo irreverente Por isso não entendo, a gente que cá mora Eu nasci amanhã num mundo sem fronteiras Onde cada poeta só canta o que lhe apraz Eu nasci amanhã onde não há trincheiras Onde não fazem guerras impondo a sua paz Eu nasci amanhã, num mundo imaginado Sem pobres a morar em zona demarcada E neste mundo, hoje, triste e acomodado Quem não nascer no tempo, não tem direito a nada
 Transcrito de fados do fado

Na rua do silêncio

António Sousa Freitas / Joaquim Campos *fado alexandrino*
 Repertório de João Braga 

Na rua do silêncio é tudo mais ausente Até foge o luar, e até a vida é pranto Não há juras de amor, não há quem nos lamente E o sol quando lá vai é p’ra deitar quebranto Na rua do silêncio o fado é mais sombrio E as sombras duma flor não cabem lá também A rua tem destino, e o seu destino frio Não tem sentido algum, não passa lá ninguém Na rua do silêncio as portas estão fechadas E até o sonho cai, sem fé e sem ternura Na rua do silêncio há lágrimas cansadas Na rua do silêncio é sempre noite escuraTranscrito de: fados do fado

"Luto nas guitarras" - JÚLIO PERES

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Praia perdida

Letra: Jorge Fernando Música: Fontes Rocha Intérprete: João Braga .

 Hoje presa a minha voz Tive uma infância perdida O mundo éramos nós Nessa praia adormecida (bis) Depois veio a mocidade Depois veio o meio-dia Foi-se o amor, foi-se a idade Em que a areia nos unia (bis) Mais tarde a vida gerou Uma roda da má sina E o mundo cego, cegou Os teus olhos de menina (bis) Sinto morrer o luar É noite na minha vida Só o murmúrio do mar Lembra essa praia perdida (bis)

Eu preciso de te ver

Fado Isabel

sábado, 10 de outubro de 2020

Asas

letra de Maria Luísa Baptista / Georgino de Sousa *fado georgino*

É no teu corpo qu'invento
Asas para o sofrimento
Que escorre do meu cansaço;
Só quem ama tem razão
P'ra entender a emoção
Que me dás no teu abraço

Eu quero lançar raízes
E viver dias felizes / Na outra margem da vida
Solta os cabelos ao vento
Muda em riso esse lamento / Apressemos a partida

Aceita o meu desafio
Embarca neste navio / Rumo ao sonho e ao futuro
Corta comigo as amarras
Que nos prendem como garras / A um passado tão duro

Esquece o tempo e a dôr
Pensa só no nosso amor / Vem e dá-me a tua mão
Sobe comigo a encosta
Porque quando a gente gosta / Ninguém cala o coração

<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/gqFLQjTrQxM" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>

Fado Georgino

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Fado Franklim 6ª

Terra Irada

Fernando Maurício
 Musica: *fado Rio Maior 
Letra: Paco Gonzalez

Sou filho da terra irada Nasci no berço do espaço Fui escravo do deus dinheiro; Fui tudo, não sendo nada Em mistura de sargaços Com oiro de pioneiro Eu fui o bobo do rei Comi debaixo da mesa / Migalhas de pão pisado Sem direitos, reclamei / Direitos prá natureza De quem nasceu malfadado Fiz tudo para esquecer Alimentei-me de dôr / No vinho de desespero E a revolta fez nascer No meu peito sofredor / Um hino de posso e quero Não é balada o meu fado Nem tenho medo de erguer / Sua bandeira encanada Fui menino, sou soldado E ninguém pode vencer / Um filho da terra irada

Entre nós e o nosso amor

José Fernandes Castro /Franflin Sextilhas 

 Entre nós e o nosso amor Bailam os sonhos felizes Duma vida acontecida; Tudo tem outro sabor Quando baixinho me dizes Que sou toda a tua vida Tu dizes querer-me tanto Que chegas a confundir-me / Com um poema maior Fico feliz e portanto Prometo reconduzir-me / Na estrada do amor Dou-te versos musicados Dou-te uma rosa em botão / Com aromas de prazer E também te dou os fados / Que trago no coração P'ra te fazer renasce

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Fado Franklim 4ªs

Muito embora o querer bem

Artur Ribeiro / Franklin Quadras 
Canta Augusto Robalo 

 Muito embora o querer bem Não seja um invento meu Não permito que ninguém Te queira mais do que eu Meu coração vagabundo/ Irá, seja como for Rua em rua, mundo em mundo / Atrás de ti, meu amor Estes meus braços caídos/ Fugindo a todos os laços Só vibram quando pedaços / Dos nossos corpos unidos A minha boca e a tua / Mal deixam de estar unidas Lembram meninas perdidas / Chorando de rua em rua Odeio o mundo a inveja / As convenções o temor Odeio tudo o que esteja / Entre nós dois, meu amor 

Transcrito por: fados do fado

Vi partir o meu amor

Letra: João Ferreira Rosa Música: Franklim Godinho Intérprete: João Braga Vi partir o meu amor Para o outro lado do rio (bis) Mas digo seja a quem for Que o meu amor não partiu (bis) Manhã cedo foi-se embora Disse-me adeus sem me olhar (bis) Penso nela a toda a hora Pois já sei que há-de voltar (bis) Os fados que lhe cantava Eram bem nossos somente (bis) E o tempo para nós par Hoje canto para toda a gente (bis) E tudo o que existe em mim Nada a consegue esquecer (bis) Nem esta dor sem ter fim Nem meu olhar sem a ver (bis)

Os lugares por onde andámos

Os lugares por onde andamos
 João Ferreira Rosa / Franklim Godinho

 Cantado por Pedro Moutinho

 Os lugares por onde andamos Não os esqueço, meu amor Nem tudo quanto falamos Quer seja alegria ou dôr O tempo dantes corria / Que parecia não ter fim Agora não passa um dia / Sem passar um ano em mim Teus olhos são o meu norte / Teus passos o meu caminho O teu riso a minha sorte / Tuas mãos o meu carinho Se me dissessem um dia / Que a cantar te fiz chorar Eu juro que não sabia / Que entendias meu cantar

 Transcrito por: fados do fado

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

"O espelho"

O Espelho 

Letra: Artur Soares Pereira Música: Alfredo Marceneiro (Fado Cuf)

 Num caixote, um espelho já quebrado Com um montão de lixo se encontrou E, um tanto confundido e perturbado, A sua triste história assim contou: «Eu vivia na montra de um bazar Aonde vi entrar, em certo dia, Um jovem que me comprou p’ra me dar À noiva, porque ela anos fazia. Durante muitos anos, hora a hora, Em mim essa senhora se mirou E, por se ver tão bela e sedutora, Dizia-me: “– Que achas? Que tal estou?” Até que certo dia lhe mostrei As rugas e o cabelo cor de neve. Grande desilusão então lhe dei E ela atirou-me ao chão, não se conteve. Eis como vim a ser teu companheiro, Enfim, tudo acabou, tudo morreu… Quem na vida é sincero e verdadeiro Tem, quase sempre, um fim igual ao meu.

Fado Cuf

Atalhos proibidos

Atalhos proibidos Letra: Artur Ribeiro 

 Há fado na minh’alma por ti louca Neste anseio de choro que me invade E que deixa ficar na minha boca O travo tão amargo da saudade Há fado nesta lágrima sentida Que brinca no meu riso amargurado E vai caír teimosa e dolorida Sobre as notas vadias do meu fado Há fado se não dormes no meu peito No tanger das guitarras em quebranto Há fado no meu canto contrafeito Pois não vejo aqui, enquanto canto Há fado nos meus passos descabidos No meu bater à porta sempre errada Quem anda por atalhos proibidos Pode chegar ao fim e não ter nada

domingo, 4 de outubro de 2020

Fui de viela em viela

Guilherme Pereira da Rosa / Alfredo Duarte *fado cravo*
 Repertório de Alfredo Marceneiro


Fui de viela em viela Numa delas dei com ela E quedei-me enfeitiçado Sob a luz dum candeeiro Estava ali o fado inteiro Pois toda ela era fado Arvorei um ar gingão Um certo ar fadistão / Que qualquer homem assume Pois confesso que aguardei Quando por ela passei / Ao convite do costume Em vez disso, no entanto No seu rosto só vi pranto / Só vi desgosto e descrença Fui-me embora amargurado Era fado, mas o fado / Não é sempre o que se pensa Ainda recordo agora A visão, que ao ir-me embora / Guardei da mulher perdida A pena que me desgarra Só me lembra uma guitarra / A chorar penas da vida 
Transcrito por: fados do fado

Fado Cravo

sábado, 3 de outubro de 2020

Fado Carriche

Senhora do Monte

Gabriel de Oliveira / Alfredo Duarte Marceneiro

 Naquela casa de esquina Mora a Senhora do Monte E a providência divina Mora ali, quase defronte Por fazer bem à desgraça / Deu-lhe a desgraça também Aquela divina graça / que Nossa Senhora tem Senhora tão benfazeja / Que a própria Virgem Maria Não sei se está na igreja / Se naquela moradia Co'a mágoa que desconsola / A pobreza se conforta Na certeza duma esmola / Quando bate àquela porta E o luar da lua cheia / Ao bater-lhe na janela Reforça a luz da candeia / No alpendre da capela Vai lá muita pecadora / Que de arrependida, chora Mas não é Nossa Senhora / Que naquela casa mora

 Transcrito por: fados do fado

Maria Valejo - Rezando Pedi Por Ti

Letra de Natália dos Anjos / Raúl Ferrão *fado carriche* 
Repertório de Maria Valejo 

 Rezas que outrora aprendi Troquei-as por beijos teus Quem for beijada por ti Até se esquece de Deus Julgas que não sei rezar / E pedir a Deus por ti Pois 'inda te hei-de ensinar / Rezas que outrora aprendi E a Deus peço mil perdões / Erguendo os braços aos céus Porque as minha orações / Troquei-as por beijos teus O meu pecado é amar-te / Porque ao beijar-te, senti Que nunca pode deixar-te / Quem for beijada por ti E Deus vai-me perdoar / Os grandes pecados meus Pois quem peca por amar / Até se esquece de Deus 
 Transcrito por: fados do fado

Escrevi Teu Nome no Vento

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Aldina Duarte | muro vazio

Letra de Aldina Duarte

  A folhagem rente ao muro No silêncio quase escuro Cresceu pouco e devagar Dia a dia fui esperando Sem saber bem até quando Pelas flores que quis plantar Dia a dia fui esperando Sem saber bem até quando Pelas flores que quis plantar Mesmo em frente à tua casa Esse muro quase branco De verde o queria cobrir As flores viriam depois Discretas para nós dois Só para te ver a sorrir As flores viriam depois Discretas para nós dois Só para te ver a sorrir Sem as flores te vi partir Nesse instante quis fugir P'ra além do muro vazio Hoje o verde acorda os dias Adormece as noites frias Mas as flores ninguém as viu Hoje o verde acorda os dias Adormece as noites frias Mas as flores ninguém as viu

Sonhos Meus

Sonhos meus Teresinha Landeiro / Carlos da Maia *6as*

Saudosos são os meus sonhos Lembro os tristes e os risonhos Já não sonho cor do mar Num enleio de tormentos Um navio de desalentos Naufragou no meu cantar Vi teu jeito de partida E no mar li tua ida Meu sorriso então esqueci A névoa desvaneceu O meu sonho entristeceu Saudades de te ver senti Se sonhar já não tem cor Vou pedir-te, meu amor Que voltes na calmaria Quando o barco atracar E o tormento se afundar Sonharei até ser dia

Louco de saudade

Carlos Gaspar / Carlos da Maia 

 Vieram dizer-me há pouco Que andava um fadista louco P’las ruas da Mouraria Quis confirmar a verdade E parti para a saudade Daquilo que conhecia Quando cheguei à viela Encostado a uma janela / Com sardinheiras sem brilho Estava o tal fadista louco De que falaram há pouco / A trautear um estribilho Senti pena, senti dó Daquele homem tão só / Que alguém por louco tomou Escutei da sua boca Com sons de garganta rouca / Coisas que o tempo levou Naquele tom tão magoado Ouvi a história do fado / E entendi toda a verdade Aquele homem era o fado Que triste e abandonado / Enlouqueceu de saudade

Boa noite Solidão

poena de jorga fernando Carlos da Maia -setilhas

 Boa-noite solidão, Vi entrar pela janela, O teu corpo de negrura, Quero dar-me à tua mão, Como a chama duma vela, Dá a mão à noite escura. Só tu sabes, solidão,A angústia que traz a dor, Quando o amor a gente nega, Como quem perde a razão, Afogamos nosso amor, No orgulho que nos cega. Os teus dedos, solidão, Despenteiam a saudade, Que ficou no lugar dela, Espalhas saudades p'lo chão, E contra a minha vontade, Lembras-me a vida com ela. Com o coração na mão, Vou pedir-te, sem fingir, Que não me fales mais dela, Boa-noite solidão, Agora quero dormir, Porque vou sonhar com ela.

Fado Carlos da Maia-Sextilhas

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Fado Blanc

Mapa do Coração'

letra de Nuno Miguel Guedes e música de José Blanc (Fado Blanc)). 

 Canta Ana Moura ________________________________________

 Não há vocábulo maior Nem força do Universo P'ra traduzir esse verso Que confunde amor e dor Albergue de quem é triste Fortuna do condenado Que vê no espelho do fado A alma que em si existe Queria poder dizer O que essa voz me diz Estrela de um dia feliz Ou de um doce entristecer Fica-me a louca ambição O desejo mais ousado De poder cantar num fado O mapa do coração

Dá-me o braço, anda daí