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sábado, 17 de outubro de 2020

Na rua do silêncio

António Sousa Freitas / Joaquim Campos *fado alexandrino*
 Repertório de João Braga 

Na rua do silêncio é tudo mais ausente Até foge o luar, e até a vida é pranto Não há juras de amor, não há quem nos lamente E o sol quando lá vai é p’ra deitar quebranto Na rua do silêncio o fado é mais sombrio E as sombras duma flor não cabem lá também A rua tem destino, e o seu destino frio Não tem sentido algum, não passa lá ninguém Na rua do silêncio as portas estão fechadas E até o sonho cai, sem fé e sem ternura Na rua do silêncio há lágrimas cansadas Na rua do silêncio é sempre noite escuraTranscrito de: fados do fado

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